Incêndios consumiram 1 473 hectares na Região de Coimbra desde o início do ano

Desde janeiro e até dia 18 deste mês, os incêndios consumiram 1.473 hectares na Região de Coimbra, em resultado de 157 fogos rurais registados nos 19 concelhos que a compõem (Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mealhada, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Mortágua, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares).
Os dados constam do relatório do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Coimbra (CSREPC-RC) e representam uma diminuição em relação aos dois últimos anos: 277 incêndios em 2023; 448 em 2022.
No corrente ano e até à data, o mês de setembro é aquele que apresenta maior número de incêndios rurais (69) – o que corresponde a 44% do número total registado -, seguindo-se agosto (33), julho (23), junho (12), maio (10), abril (4), fevereiro e março (2), janeiro e outubro (1).
Em relação a área ardida (até 18 de outubro), setembro é também o mês que apresenta maior valor no corrente ano, com um total de 1.468 hectares, o que corresponde à quase totalidade de área ardida registada no ano
Análise por concelho
Numa análise por concelho, destacam-se com maior número de ocorrências Coimbra (29), Figueira da Foz (19) e Cantanhede (15). Segundo os dados do CSREPC-RC, em qualquer um dos casos, os incêndios foram maioritariamente de reduzida dimensão (não ultrapassaram um hectare de área ardida).
O concelho mais afetado no que concerne à área ardida, foi Tábua com 678 hectares, cerca de 46% da área total ardida até à data, seguido de Arganil (314 hectares, 21% do total) e Oliveira do Hospital (307 hectares, 21% do total).
Dois grandes incêndios
Em 2024, e até 15 de outubro, os fogos com área ardida inferior a um hectare são os mais frequentes (96 % do total de incêndios rurais). No que se refere a combustões de maior dimensão, assinala-se, até 15 outubro, a ocorrência de dois incêndios com área ardida entre 100 e 1.000 hectares.
Segundo os dados do CSREPC-RC, consideram-se grandes incêndios aqueles em que a área ardida total seja igual ou superior a 100 hectares. Até ao passado dia 18 de outubro, foram registados dois incêndios enquadrados nesta categoria, que resultaram em 444 hectares de área ardida (cerca de 30% do total).
Com início na Região de Coimbra, os cinco incêndios de maior dimensão registados até 15 de outubro deste ano foram: Coja (Arganil, dia 17/09, com 314 ha ardidos); Torres do Mondego (Coimbra, 16/09, 130 ha), Sebal (Condeixa-a-Nova, 13/09, 4 ha); Semide (Miranda do Corvo, 13/09, 3 ha) e Sebal (Condeixa-a-Nova, 12/09, 3 ha).
Pode ler a notícia completa na edição impressa e digital do dia 30/10/2024 do DIÁRIO AS BEIRAS