Entrevista: No 45º aniversário o IPC perspetiva um ano transformador
Um novo ano letivo está prestes a começar. O IPC tem como objetivo preencher a totalidade de vagas que abrir para o concurso nacional de acesso ao ensino superior? Quantas vagas são?
Claro que o nosso objetivo é preenchermos todas as vagas. Nós temos, entre o concurso nacional de acesso e os concursos especiais, capacidade para admitir cerca de 2.400/2.500 alunos, dependendo do número dos CTESPS que abrirmos.
Este ano, temos a vantagem de lançarmos dois cursos novos na Escola Agrária, de Agronomia e Zootecnia, e isto trará eventualmente novos clientes. Ainda estamos a aguardar um novo curso do ISCAC, que poderá não estar disponível já este ano.
Além disso, estamos a trabalhar numa oferta de CTESP, porque há cada vez mais jovens a procurar esta mobilidade de estudo. Nós vamos oferecer três CTESP em Cantanhede e outros três na Lousã, além dos que oferecíamos em Coimbra. A nossa expectativa é preencher as vagas todas.
Haverá mais vagas que no ano transato?
Não. As instituições de ensino superior têm um grande problema. A forma como o novo despacho de vagas está a ser feito faz com que todos os anos tenhamos menos alunos. Nos estudantes internacionais estamos a admitir cerca de 50 alunos, mas já tivemos anos em que admitíamos 250.
As instituições não conseguem crescer. As universidades até devem ter mais problemas que os politécnicos porque não têm os CTESP. Nós aumentamos o número de vagas graças aos novos CTESP.
Em dezembro de 2023 o IPC passou a ter 30% dos seus docentes na categoria de coordenador. O objetivo é chegar aos 50%?
A lei determina que 50% dos professores devem ser das categorias superiores. Nós temos vindo a perseguir esse objetivo.
Há seis anos nós tínhamos menos de 20% nessas categorias e todos os anos temos vindo a abrir concursos, aumentando 5% os professores coordenadores. Nesta fase estamos próximos dos 40% e o objetivo é chegar aos 45%, de maneira a deixar uma margem que vá premiando o mérito anualmente. Com as reformas haverá uma renovação.
Há possibilidade de haver muitas reformas no futuro?
Até hoje o IPC tem um baixo índice de reformas, por ter 45 anos. A partir dos próximos dois anos, o volume de reformas vai crescer e por isso nós vamos ter que ir abrindo concursos para manter os níveis.
Este será um ano histórico com o lançamento dos seus primeiros doutoramentos. É um objetivo todas as escolas terem um doutoramento?
Sim, é um objetivo. Por coincidência, vamos ter já dois doutoramentos na Escola Agrária. Um é o doutoramento conhecido e aprovado, em parceria com os politécnicos de Castelo Branco, Santarém e Viseu. No seio da nossa Universidade Europeia somos parceiros de outro doutoramento, também na Agrária. E aguardamos a aprovação do doutoramento no ISCAC.
O objetivo seguinte é sermos capazes de ter centros de investigação e esperemos que a Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT) não falhe na sua aprovação. Nós propusemos sete centros/polos de investigação, que abrangem todas as escolas do IPC. Se estes sete forem aprovados, vamos ter condições para termos doutoramentos em todas as escolas. O IPC tem corpo docente para isso, o único problema era a regra dos investigadores estarem em centros próprios. Se a FCT não falhar, nós vamos ter os centros creditados, na pior das hipóteses, no final deste ano, a tempo de candidatar, em fevereiro de 2025, os novos doutoramentos.
Pode ler a entrevista completa na edição impressa e digital do dia 09/07/2024 do DIÁRIO AS BEIRAS