Edite Pereira deixa o Bar da FDUC depois de 21 anos a “servir” com muito amor

A vida universitária da cidade de Coimbra perpetua na memória de várias gerações personalidades que se confundem com o espaço e o tempo. Há pessoas que deviam ser para sempre. São ídolos, tornam-se celebridades e merecem ser eternizadas.
Edite Pereira é um desses casos. Passou 21 anos a trabalhar no Bar da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Aos 61 anos decidiu reformar-se. Para trás deixa memórias com alunos, professores, funcionários e tantas outras personalidades da cidade e do país.
A história da Edite Pereira começa quando, em 2002, perdeu o emprego que tinha numa fábrica de cerâmica.
“Eu ainda estive algum tempo no desemprego, mas pouco. Prefiro trabalhar e surgiu a oportunidade de vir para aqui [Bar da FDUC]. Comecei como ajudante na cozinha. Depois houve um dia em que a minha colega Manuela foi de férias e fui eu que tive de fazer o comer. Fiquei assustada. Não estava habituada a tanta responsabilidade. Eu já sabia mais ou menos o que fazer porque ia cozinhando. Assumi a responsabilidade durante aqueles 15 dias e correu bem”, revelou.
Já não se recorda do primeiro prato que cozinhou, mas lembra-se de ter feito espetadas no forno e que as colegas andaram a molhar o pão no molho que tinha feito. Não tem um prato que seja a sua especialidade, mas conta que o diretor da FDUC, Jónatas Machado, lhe diz que “as suas sopas são as melhores do mundo”.
Sempre uma querida.
Linda homenagem.
Exemplo de amor e humildade!
Tinha sempre um tempinho para perguntar pelos meus meninos, para saber se estava bem e sempre com aquele olhar ternurento.
Que seja muito feliz na sua nova etapa de vida. Beijinhos
Clara Silva