Coimbra: UF de Santa Clara ameaça levar câmara a tribunal
A Feira Popular de Coimbra chegou ontem ao fim, mas o evento não foi isento de polémicas. Desde logo, porque ao terceiro dia alguns empresários dos carrosséis decidiram não abrir os equipamentos de diversão como forma de protesto contra as entradas pagas no recinto.
“Os empresários não queriam entradas pagas na feira, mas eles assinaram um contrato com essa condição: em 17 dias, nove eram com entrada gratuita e sete a cobrar bilhete”, disse ao DIÁRIO AS BEIRAS José Simão, presidente da União das Freguesias (UF) de Santa Clara e Castelo Viegas.
“A Feira Popular representou um investimento da junta de mais de 200 mil euros. Não podemos estar dependentes de quem quer ganhar fortunas neste evento”, criticou o autarca.
Ainda assim, e perante a reação de muitos visitantes que manifestaram o seu desagrado com o encerramento da maioria dos carrosséis (a que se juntaram os empresários que vendiam farturas, cachorros quentes e algodão doce), a UF foi obrigada a ceder e, no primeiro domingo da feira (dia 7), anunciou que todas as entradas seriam gratuitas até ao último dia.
200 mil pessoas visitaram o evento
De acordo com José Simão, durante os 17 dias, mais de 200 mil pessoas terão passado pelo recinto da Praça da Canção. Mas, feitas as primeiras contas, a união de freguesias sofreu um “elevado prejuízo” com a realização da feira. Prejuízo esse que, de acordo com o autarca deveria ser assumido, em parte iguais, entre a junta e a Câmara de Coimbra – algo que a autarquia já veio dizer que não fará.
“O presidente da câmara propôs, num email que me foi enviado, a coautoria da realização da Feira Popular. Aceitámos, com a condição de ambos assumirmos 50 por cento da receita ou do prejuízo. Mas agora a câmara municipal fechou-se e, por essa razão, estou a ponderar avançar com uma ação em tribunal”, anunciou José Simão.
Município reage
Sobre esta polémica, o vice-presidente da autarquia, Francisco Veiga admitiu que até se tenha falado nessa possibilidade, numa fase inicial, até para “apaziguar” a relação entre as duas entidades.
“Entretanto, entendi que, para eu entrar nesse acordo, seria preciso eu controlar todas as receitas, estar presente em todos os contratos realizados com associações, empresários, restaurantes, bilheteira… Teria que ser fiscal de tudo e esse é um papel que eu não iria assumir”, esclareceu.
Pode ler a notícia completa na edição impressa e digital do dia 15/07/2024 do DIÁRIO AS BEIRAS
É por estas e por outras que Coimbra cada vez está mais atrazada.
Tudo , com esta Câmara vai acabando e Coimbra cada vez fica mais pobre e sem interesse
Não fui nem nunca irei a uma feira popular a pagar entrada,é absurdo ir a uma feira deste genero a pagar o que podiam fazer era pagar uma entrada simbolica e obter o valor numa compra na dita feira