Coimbra: Réplicas da Casa da Música e da “pala do Siza” vão ser construídas no Portugal dos Pequenitos
A maqueta ontem apresentada, que projeta a futura área de ampliação do Portugal dos Pequenitos, revela quais são os edifícios de arquitetura contemporânea portuguesa que vão ter réplicas em miniatura no conceituado parque temático de Coimbra.
Casa da Música (Porto), Pavilhão de Portugal/Pala de Siza Vieira (Lisboa), Terminal de Cruzeiros (Matosinhos) e Casa das Histórias da Paula Rego (Cascais) são os edifícios que, “por artes arquitetónicas”, vão passar a estar todos juntos, numa área de um hectare, a que se acrescenta uma réplica do Bar à Margem, construído na margem do Tejo, junto ao Padrão dos Descobrimentos.
Os cinco projetos de arquitetura fizeram-se representar na sessão de apresentação, por iniciativa da Fundação Bissaya Barreto (FBB), proprietária do Portugal dos Pequenitos. Trata-se de um investimento de sete milhões de euros, que a presidente da FBB afirmou ser com fundos próprios da instituição.
Todo o conjunto arquitetónico vai começar a nascer no próximo ano e estará concluído em 2027, envolvendo as equipas dos diversos arquitetos, onde pontificam Eduardo Souto Moura – que idealizou a Casa da Paula Rego – e Álvaro Siza Vieira, que projetou o Pavilhão de Portugal, concebido para a Expo 98.
Edifícios miniatura são mais do que réplicas
Ambos foram também responsáveis pelos respetivos projetos a edificar no Portugal dos Pequenitos, referindo que não são réplicas dos originais, mas edifícios diferentes.
Souto Moura alegou que, no seu caso, “vai ser contruído outro edifício [de características diferentes], com identidade própria”, até porque será à escala das crianças, embora com dimensão para que os adultos também possam entrar, albergando a loja de merchandising e os WC.
Outro edifício que terá uma adaptação ao parque temático é o Terminal de Cruzeiros, que vai permitir o acesso ao topo, permitindo contemplar o parque a partir de um plano elevado.
Todo o conjunto arquitetónico está a ser concebido desde 2020, num trabalho conjunto coordenado por Siza Vieira e integração através de arquitetura paisagista, incluindo dois lagos, até porque três dos edifícios a serem reproduzidos em miniatura se localizam, originalmente, junto ao mar.
Ausente da sessão de ontem em Coimbra, Siza Vieira admitiu “surpresa e alguma reserva” com o convite recebido, mas acrescentou que reproduzir o edifício conhecido pela sua “pala” em miniatura permitiu fazer uma reflexão sobre a arquitetura, e adaptar o Pavilhão de Portugal ao terreno disponível e escala pretendida.