Coimbra: Reitor critica “flagelo” do mercado paralelo de arrendamento

O reitor da Universidade de Coimbra (UC) apelou ontem às autoridades competentes para que ponham fim a uma das principais causas da crise do alojamento estudantil na cidade onde, “aparentemente, existe uma grande quantidade de casas sem ocupação.”
Reportando a dados do INE, Amílcar Falcão lembrou que, em 2021, a Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais tinha 3285 casas que não estavam para venda ou arrendamento; já a União de Freguesias de Coimbra era a terceira no país com mais habitações vagas – 2930.
“Todos sabemos do peso que o mercado paralelo, sem contratos ou recibos, tem em Coimbra. São anos e anos sem ninguém querer agir, levando a uma situação insustentável e que carece de uma mobilização forte, especialmente das autoridades competentes, para conseguirmos acabar com este flagelo”, advertiu.
“A matriz da Universidade de Coimbra é o de uma instituição de abrangência nacional, e tudo faremos para que assim continue. Mas a UC não pode ajudar a cidade se a cidade não se mobilizar para ajudar a UC”, acrescentou o reitor ao intervir na abertura solene das aulas.
Já o presidente da direção-geral da AAC lembrou que o valor médio de gastos com alojamento subiu de 299 euros no ano letivo de 2022-203 para “uns assustadores 398 euros por mês” e, também por essa razão, pediu ao Governo que “não descongele as propinas”.
“Invista, sim, na construção de mais camas e na alocação de verbas para a edificação e requalificação de novas residências”, sustentou.
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