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Coimbra: IA exponencia possibilidades mas necessita de regulação

10 de maio às 09 h48
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DB-Pedro Ramos

As potencialidades e os perigos da inteligência artificial (IA), em áreas como a música ou a fotografia, foram o mote para um painel de debate que decorreu ontem à tarde na Sala D. Afonso Henriques, no Convento São Francisco em Coimbra.
A sessão, inserida nas Jornadas FoRCOP – Fórum Regional do Centro das Ordens Profissionais, teve como oradores o músico José Cid, o também músico e poeta, Mário Mata, e o fotógrafo e mentor Nuno Lopes.
Moderado por Florindo Belo Marques (Ordem dos Arquitetos) e Pedro Alves Loureiro (Ordem dos Advogados), o painel começou por explorar a utilização de IA, como auxílio nos trabalhos do fotógrafo conimbricense Nuno Lopes. “Não sei se a IA é uma ameaça ou uma inspiração. Utilizo a ferramenta da melhor forma que sei”, frisou.
Apresentando algumas vantagens da IA no mundo da fotografia, caso da escolha e edição de imagens. “Faço entre 10 mil a 14 mil fotos, com a IA é feita uma triagem pelo próprio computador”, ação que ajuda o profissional a poupar tempo com fotos repetidas, tremidas ou com outro tipo de imperfeições estéticas. A nível global, o recurso à IA “é vantajoso”, mas, reconheceu, “pode ser algo usado para o mal”.

Aplicação no mundo da música
Na visão do artista Mário Mata, que desde 2005 reside no concelho de Penela, “a única coisa boa” da IA, ao nível da música, é a possibilidade de “ajudar a criar temas”. “Uma coisa que a IA não consegue, é a parte da sensibilidade, da alma e da emoção”, frisou, tendo recordado que a IA é utilizada para “manipulação de informação”, algo que, na sua ótica, “representa uma ameaça à democracia. O combate à desinformação da IA deve ser feito “com educação digital e regulamentação dirigida para plataformas online”, sublinhou.
A criação de vozes sintéticas, camadas sonoras ou recriação da voz de artistas falecidos são algumas das possibilidades que podem trazer, relembrou o artista, “implicação éticas”. “A utilização da IA tem que ser legislada”, frisou.
Nome incontornável da música popular portuguesa, José Cid recordou uma entrevista “de uma hora e meia”, feita 100% com recurso a IA. “Foi das entrevistas menos burras que me fizeram, mas faltava-lhe pimenta”, declarou.

Pode ler a notícia completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS

Autoria de:

Emanuel Pereira

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