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Coimbra e Macau lançam doutoramento em tecnologias de informação

06 de junho às 13h47
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A Universidade de Coimbra (UC) e a Universidade Politécnica de Macau (UPM) lançaram um duplo doutoramento em tecnologias de informação, disse hoje o reitor da instituição portuguesa, durante uma visita à região chinesa.

O doutoramento nasceu este ano letivo, de um acordo assinado em agosto, e “está a começar a dar os primeiros resultados”, com 18 estudantes, “divididos entre portugueses e chineses”, disse Amílcar Falcão.

O responsável sublinhou que a UC quer, “no futuro, continuar a ter essa capacidade de mobilizar” estudantes dos dois lados, porque a instituição quer “aumentar o número de formações avançadas” em cooperação com Macau.

Falcão disse que a UC “vai avançar”, já no próximo ano letivo de 2024/2025, com um programa de estudos avançados em Relações Económicas Internacionais, com a Universidade da Cidade de Macau, em língua inglesa.

“[A visita à região chinesa serviu para] consolidar as parcerias que nós temos e perspetivar outras parcerias que estão em aberto e estamos em negociações”, referiu o reitor, dando como exemplo a área do envelhecimento.

Em outubro, a UC criou um laboratório conjunto, com a Universidade de Macau (UM), para estudar o envelhecimento cognitivo e responder às necessidades geradas pelo aumento da esperança de vida.

Também hoje, Amílcar Falcão esteve nas instalações da UM na vizinha Hengqin (ilha da Montanha).

“Levamos connosco elementos para estudar e para apresentar um projeto a breve prazo às autoridades para podermos ter o apoio necessário”, disse o reitor da UC, sem revelar mais detalhes.

Falcão revelou que a UC quer também reforçar a parceria com a UPM na área da inteligência artificial, ligada ao laboratório conjunto de tecnologia avançada para cidades inteligentes, criado pelas duas instituições em 2022.

A UPM vai atribuir na sexta-feira um doutoramento ‘honoris causa’ ao reitor da UC, durante a cerimónia de graduação do ano académico de 2023/2024.

Falcão disse acreditar que é um reconhecimento da relação de longa data com a China, incluindo a criação, em 2016, de uma delegação do Instituto Confúcio, que promove o ensino do mandarim e a cultura chinesa no estrangeiro.

Antes de visitar Macau, o dirigente passou por Xangai, no leste da China continental, e por Shenzhen, a cidade vizinha de Hong Kong, para “consolidar relações também de há muitos anos”, num “país estratégico” para a Universidade de Coimbra.

Em maio de 2019, a UC e a Universidade de Fudan, em Xangai, assinaram acordos que permitiam aos alunos da instituição chinesa frequentar cursos intensivos de verão de português em Coimbra.

Um mês antes, a UC e a Universidade de Estudos Internacionais de Pequim formalizaram a criação do Centro de Estudos sobre a China e os Países de Língua Portuguesa.

A universidade portuguesa criou em 2018 a Academia Sino-Lusófona e o Centro de Estudos Chineses, em parceria com a Academia Chinesa de Ciências Sociais.

Autoria de:

Agência Lusa

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