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China e Estados Unidos reforçam diálogo e sublinham compromisso com cooperação e estabilidade global

03 de novembro às 14 h09
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Os presidentes da China, Xi Jinping, e dos Estados Unidos, Donald Trump, reuniram-se esta quinta-feira, em Busan, na Coreia do Sul, para trocar opiniões sobre questões bilaterais de importância estratégica e temas de interesse comum. O encontro, o primeiro entre os dois líderes nos últimos seis anos, foi acompanhado com grande atenção pela comunidade internacional.

Durante a reunião, ambos destacaram que um relacionamento sino-americano estável, saudável e sustentável serve os interesses de ambas as partes e responde às expectativas globais. Desde o início de 2025, os dois chefes de Estado realizaram três conversas telefónicas e várias trocas de correspondência, o que contribuiu para uma evolução estável das relações bilaterais.

Em Busan, Xi Jinping e Donald Trump acordaram em reforçar a cooperação nas áreas económica, comercial e energética, bem como promover o intercâmbio cultural e interpessoal. O presidente chinês sublinhou o desejo de consolidar um alicerce sólido para as relações entre os dois países, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento mútuo.

Trump referiu-se à China como a “maior parceira” dos Estados Unidos e manifestou confiança de que ambas as nações “podem alcançar grandes resultados para o mundo e viver muitos anos de sucesso conjunto”.

Os dois líderes concordaram em manter contactos regulares. O presidente norte-americano expressou ainda a intenção de visitar a China em 2026 e convidou Xi Jinping para uma visita oficial aos Estados Unidos.

O encontro decorreu uma semana após a 4.ª Sessão Plenária do Comité Central do Partido Comunista da China, cuja evolução foi apresentada por Xi Jinping. O presidente chinês reafirmou que a China não procura desafiar ou substituir outras potências, mas sim concentrar-se no próprio desenvolvimento e partilhar as oportunidades de crescimento com o resto do mundo.

A cooperação económica e comercial, considerada a “pedra de toque” das relações bilaterais, foi um dos temas centrais do encontro. Entre maio e setembro, China e EUA realizaram quatro rondas de diálogo, obtendo progressos em várias áreas.

Poucas horas após o encontro de Busan, o Ministério do Comércio da China anunciou novos arranjos conjuntos das negociações económicas com os EUA, que incluem o cancelamento da tarifa de 10% sobre o fentanil e a suspensão, por mais um ano, da tarifa de 24% sobre produtos chineses. Em contrapartida, a China ajustará as suas medidas de retaliação.

Além dos temas económicos, a reunião abordou possíveis formas de cooperação em inteligência artificial, saúde pública, combate à migração ilegal, fraude nas telecomunicações e branqueamento de capitais.

No final, ambas as partes sublinharam que China e Estados Unidos devem ser parceiros e não rivais, defendendo que, com base na igualdade, respeito e benefício mútuo, será possível garantir a estabilidade das relações bilaterais e contribuir para um mundo mais previsível e equilibrado.

Autoria de:

redação as beiras

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