Camila Rebelo: “As pessoas percebem que é difícil aqui chegar e dão valor”
Qual é o momento que mais anseia em Paris?
Tenho alguma espectativa para saber como é a aldeia olímpica, quanto tempo se demora até chegar à piscina. Mas principalmente a piscina. Gosto muito de olhar para o teto da piscina, porque, se vou nadar de costas, preciso de referências.
Tem feito algum trabalho específico ou tem alguma estratégia para chegar a este momento com a cabeça limpa?
Sim. Há já alguns anos que sou acompanhada por uma psicóloga. Trabalhamos para que eu possa chegar a uma competição da maneira mais descontraída.
Trabalhei para chegar aos Jogos o mais descontraída possível para não bloquear só de pensar nisto.
Começou na natação com que idade?
Dois anos.
Com essa idade nem sabia, naturalmente, que existiam, sequer, os Jogos Olímpicos… com que idade isso passa a ser um sonho, ou um objetivo?
Quando comecei na competição. Tinha sete ou oito anos e não sabia a realidade dos Jogos Olímpicos e o que tinha de fazer para lá chegar.
A primeira edição dos Jogos Olímpicos que eu vi foi a do Rio’2016. Já era juvenil e fui percebendo como tinha de trabalhar para chegar ali.
Em 2021 vi o Gabriel [Lopes] a ir aos Jogos e isso deu-me ainda mais confiança. Pensei: “Se um colega meu consegue eu também quero lá chegar”.
Depois, em 2022, fiz 2:11.1, aqui, em Coimbra, no Nacional, e entrei no projeto de preparação olímpica. Passados três meses, fiz duas décimas acima dos mínimos e disse: “ok, quero mesmo trabalhar para isto!”.
Entrevista completa na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS de 25/07/2024