A cobertura do Coliseu Figueirense resolveria a falta de um espaço multiusos na cidade?

NÃO
E por que não? Por várias ordens de razão. Admito que um espaço multiusos que pudesse abrigar eventos de diferente natureza: musicais, teatrais, gastronómicos, folclóricos, exposições, etc, poderia ser útil. Mas… é uma prioridade? Não o é, pelo menos por enquanto.
A oferta cultural existente, para além de ser normalmente cara, não acessível a todos os bolsos como deveria ser, cabe bem nos espaços municipais de que dispomos. Com maior dimensão o Centro de Artes e Espectáculos, o Auditório da Biblioteca e Museu, a Quinta das Olaias. E o movimento associativo bem precisa de ser apoiado e ser chamado à realização/acolhimento de eventos da responsabilidade da Câmara Municipal ou das Juntas de Freguesia.
O Coliseu, edifício com uma história de cento e vinte e seis anos, com uma traça bonita, merece ser preservado. (Não se leia que defendo as actividades tauromáquicas, não é o momento para abordar tal assunto). Se tivesse uma cobertura amovível ou não, poderia alargar a sua utilização a todo o ano e não apenas à estação alta. Mas não concordo que tal benfeitoria possa vir a ser paga pelo erário público.
A tabuleta à entrada explicita bem tratar-se de uma propriedade privada. E assim deve continuar a ser: o seu a seu dono. E, como diz o Povo sábio, “amigos, amigos, negócios à parte!” Gosto de ir lá ver as Marchas e comer sardinhas, isso gosto. Quem não gosta?

Pode ler a opinião de Silvina Queiroz na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS