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O Centro de Artes e Espetáculos (CAE) tem cumprido com a sua missão nos dez últimos anos, dinamizando a cultura, artes e espetáculos na Figueira da Foz. Frequento o CAE com regularidade, gosto particularmente da programação de cinema, das exposições e de alguns espetáculos.

O CAE serve a cidade se conseguir ser ponto de encontro das pessoas, convívio entre gerações, um lugar vivenciado. É esse o salto que falta, tornar o CAE num local mais frequentado, uma espécie de “passeio cultural e artístico” para quem vive e visita a Figueira.

A dinâmica do CAE é um espelho da qualidade dos gestores, do vereador do pelouro e do presidente da autarquia. Se os decisores frequentam o espaço, interessados na sua dinâmica quotidiana, o CAE será capaz de atrair novos públicos.

Prova disso é o tempo em que António Tavares foi vereador da cultura, entre 2009 e 2017. A qualidade do espaço melhorou, na sua organização interna, na diversidade dos espetáculos, na criação das escolas artísticas,…etc. Apesar do aperto financeiro, o CAE conheceu um período de intervenção cultural, e muitas das estruturas ainda ativas são fruto da dedicação de António Tavares. Foi ainda nessa altura, com as esculturas nas Abadias, os murais,…etc. que a “cultura saiu à rua”.

Mas nem sempre foi assim, entre 2002 e 2009, o CAE era um sorvedouro de dinheiro, milhões de Euros em espetáculos que serviam interesses políticos e não culturais. Esperemos que esse tempo não regresse.