Opinião: O município deve aplicar a taxa turística?

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Não, a taxa turística de iniciativa municipal não é necessária nem desejável neste momento. Assistimos à retoma do turismo e aumento inflação, sendo a proposta da Câmara Municipal da Figueira da Foz desalinhada com a realidade económica.
O turismo precisa sim de atenção redobrada às infraestruturas públicas, qualificando-as. Desde manutenção de passeios a ciclovias, passando pelos espaços verdes, o concelho precisa de uma intervenção séria, articulada, que o transforme, modernizando-o.
Contudo, os planos atuais parecem dirigir-se a mega obras (aeródromo) destinadas a elites económicas e outros projetos (Cabo Mondego) de uma envergadura financeira para a qual não se vislumbra financiamento, com as taxas de juro a subir. Mais, o executivo municipal é incapaz de atualizar o tarifário dos resíduos e das águas, permitindo défices crónicos, prescindindo de milhões de euros, mas quer novas taxas!?
Cresce o problema de financiamento da Câmara, muitas isenções de taxas e tarifas, promessas que a Câmara assumirá o pagamento de despesas que estavam no domínio privado, aquisições de património, …etc. parece muita despesa para pouca receita.
Há ainda uma profunda contradição entre a proposta do presidente da Câmara Municipal em aplicar taxas turísticas e a natureza ideológica do seu movimento, “liberal”, “pro-business”.

 

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