Opinião: A solução mais sustentável

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Que solução defende para voos comerciais na Região Centro?

Um aeroporto na Região Centro é essencial para o crescimento do turismo e necessário para o desenvolvimento económico da região e do país. Por outro lado, em Portugal, há poucos aeroportos, em comparação com a grande maioria dos países europeus, em que em cada 100km há um aeroporto. Croácia, Dinamarca, Finlândia ou Eslováquia, com metade da população de Portugal, têm mais do dobro dos aeroportos do nosso país (excluindo as ilhas).

A localização a escolher para o aeroporto deverá ser a mais sustentável. E nesta ponderação, deverão ser considerados todos os fatores financeiros e ambientais, não só de instalação e operação do aeroporto, propriamente dito, mas também das acessibilidades rodoviárias, ferroviárias e, se possível, marítimas, que garantam a sua intermodalidade.

Perante este cenário, parece-me que a solução de Monte Real é a melhor. Vejamos: a base aérea já está construída e funciona bem, bastando ser adaptada para voos civis; está junto à linha ferroviária do Oeste; é servida por autoestrada; está a poucos quilómetros de um porto comercial, também ele próprio servido pelas mesmas acessibilidades; tem uma localização geográfica muito central, a 154km de Lisboa e a 177km do Porto.

Há ainda a considerar que existem vários exemplos na Europa de aeroportos militares com voos civis. Aterrei uma vez, num Boieng 737, no aeroporto Tampere-Pirkkala, e vi dois F16 a descolarem uns minutos depois, da mesma pista, pois, este aeroporto é, também, base finlandesa da Satakunta Air Command.

Outro exemplo, é o do aeroporto internacional alemão Rostock-Laage, onde, em simultâneo com a aviação civil, voam F16 da Jagdgeschwader 73. Já para não falar de Gibraltar, cujo aeroporto, para além de ser partilhado com a Força Aérea Real Britânica, apresenta uma situação insólita, a de a sua pista atravessar a estrada rodoviária principal para Gibraltar.

Perante todas estas evidências, impõe-se uma questão. Será que não podemos também aproveitar e adaptar os recursos já existentes? Acima de tudo, há que, de uma vez por todas, decidir a localização do aeroporto na Região Centro, que podendo não ser a ideal, é, sim, a possível e a mais sustentável.

Pode ler a opinião de Ana Carvalho na edição em papel deste fim de semana, 25 e 26 de janeiro, do Diário As Beiras

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