Opinião: Este e outros governos… e não só!

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Se calhar, não me apetece perceber quem, no limite, tem mais ou a maior razão no conflito que opõe os portugueses aos motoristas.

Sim, porque é este o conflito. Se assim não fosse, os grandes prejudicados seriam o patronato e o governo.

O patronato porque ao longo dos anos não se coibiu de pagar mal aos trabalhadores, e o governo, este e outros, porque não colocaram o interesse dos cidadãos acima do interesse das corporações.

Sabemos que o advogado do sindicato não será “flor que se cheire”, que os trabalhadores estarão a exagerar nas reivindicações, mas, afinal, esta greve é a demonstração inequívoca de que governar é prever e prover!

Ora, assim sendo, este como outros governos, mantiveram-se sentados e descansados na cadeira do “deixa andar”, sem que, em “algum dia e tempo algum”, tivesse existido uma “alma caridosa” que colocasse na equação dos combustíveis, afinal, as principais figuras e não figurantes; os que transportam a seu sítio “a coisa” para consumo dos cidadãos!

Aborrece-me sobretudo, agora, que haja uma rapaziada dita de esquerda, – que as mais das vezes o não é – que acuse os motoristas de tudo e mais alguma coisa. Será porque agora a sua luta os vai prejudicar? Claro que sim! Porque até há uns meses, não se importavam que os motoristas tivessem um vencimento abaixo da média, que não conseguissem estar em família e muito menos acompanhar os filhos durante semanas a fio, para que a malta tivesse combustível na hora. Fosse para o veraneio, para trabalhar, para se abastecer no hipermercado, para a passeata, etc, etc, etc.

Chegada a hora do desespero, o governo tenta resolver o que parece quase irresolúvel – ainda que tenhamos esperança na matreirice do António Costa – com ministros a parecer “baratas tontas” sem saber o que dizer por não saberem o que fazer.

Esta coisa do governo estar a formar camionistas não lembra ao diabo. A não ser que o governo já esteja a prever a constituição de uma empresa pública de transportes de matérias perigosas, ou no limite, a nacionalização da GALP. Era bem jogado!

Também, e no limite, o governo possa mexer nos impostos sobre os combustíveis, no sentido de criar condições ao melhoramento do salário dos motoristas. A ver vamos!

Resta então, falta dizer, que os cidadãos não poderão ficar reféns de empresas privadas de transporte e o País assuma a responsabilidade, afinal, de que o fundamental da economia deverá estar sempre na “mão do Estado”!

Já percebemos todos que o “Estado Regulador” ou não funciona ou funciona mal.

Há que mudar, depois de resolver este assunto que, e talvez venhamos a perceber que afinal não passou de um NÃO assunto!

Falta dizer também, e por fim que, pese embora eu não apreciar o estilo do “penteadinho”, acaba por ter alguma razão.

É que tudo tem um valor. O tal valor que uns dão e outros teimam em tirar!

Já agora e “a talho de foice”, não sabia que o “carinha laroca” do ministro Centeno era capaz de uma malandrice como a do inquérito aos trabalhadores da Administração Pública. Aprendeu depressa, lá isso aprendeu!

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