Opinião: O lastimoso balanço do PS (1)

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A concelhia do Partido Socialista (PS) fez o balanço da atividade autárquica em Coimbra nos últimos 5 anos, em comunicado público.

O PS confunde o trabalho normal e a mera gestão corrente e atrasada da autarquia com a realização de “grandes obras”. Infelizmente, não existe uma estratégia de desenvolvimento, nem de criação de emprego ou visão de futuro! Por isso Coimbra está parada e degradada.

Vale a pena dizer a verdade sobre as “grandes obras” do PS de Coimbra:

1 – Desassoreamento do Mondego. A ser feito com 20 anos de atraso, depois de causar várias cheias. Estão a ser retirados apenas metade dos sedimentos acumulados, porque a Câmara só reuniu metade do financiamento necessário, incapaz de bater o pé ao Governo. O problema regressará muito mais rapidamente do que deveria acontecer. Além disso, a deposição de um excesso de areias a jusante do açude-ponte irá criar novos problemas de assoreamento ao Baixo Mondego.

2 – Reabilitação das margens do Mondego. Obra necessária, feita tardiamente e in extremis. Esperemos que o novo concurso não fique novamente deserto, já que o anterior foi mal avaliado por esta Câmara. Mais atrasos.

3 – Ciclovias. Um investimento que todos faríamos. Mas foram feitos apenas 3 Km em 5 anos! Para dar uma ideia relativa, a ecopista do Dão tem 49 km, a do vale do Vouga tem 10 Km, etc.

4 – Autocarros eléctricos. Investimento normalíssimo e de gestão corrente, que qualquer executivo camarário faria! Interessante seria recuperar os SMTUC, aumentar o número de passageiros, atualizar as linhas e os horários, reduzir os prejuízos, melhorar os serviços; infelizmente, quanto a isto, nada.

5 – Via Central. Está a ser feito um Beco Central, de via única e sem saída! É o Governo do PS ( 43%) e a Câmara de Coimbra ( 14%) que têm a esmagadora maioria do capital da Metro-Mondego. Porque não são capazes de fazer mais? Porque a submissa Câmara de Coimbra nada exige, para além de meras palavras.

6 – Jogos Europeus Universitários. A contribuição da CMC foi uma participação mínima! O grande e imenso investimento, mais de 8 milhões de euros, foi da Universidade de Coimbra. Lá continua a Câmara a viver à sombra da Universidade… As obras feitas pela Câmara são obras que teriam de ser feitas, com ou sem Jogos.

7 – Orçamento participativo (OP). A experiência mostrou que há muito para corrigir… Foram aceites projetos sem verdadeiro impacto na zona histórica e outros, que o teriam de facto, ficaram por financiar, devido ao reduzido valor reservado para o OP. Razão teve o movimento Somos Coimbra nas suas críticas.

8 – Convento de São Francisco. O PS, que até quis fazer um World Trade Center no mesmo local, concluiu apenas os últimos 10% do projeto e, devido à péssima gestão centralizada do mesmo, em 2017 ocupou/usou apenas 10% do espaço disponível, gerando o Convento enormes prejuízos. Talvez por essa razão o PS e o Dr. Machado recusem divulgar o relatório de Gestão do Convento, perdido na indefinição entre Centro de Congressos e Centro Cultural.
(continua)

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