Opinião: Debate político

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João Vaz

São conhecidas as declarações de um político local do PS sobre a incompetência do executivo que tinha sido eleito pelo seu próprio partido. E aqui surge um paradoxo interessante: muitas vezes os maiores inimigos dos candidatos estão dentro do seu próprio partido. No entanto, os partidos políticos na Figueira da Foz parecem nem sequer existir de facto.
A atividade é reduzida, o número de militantes ativos quase nulo e o debate político sério e consistente não existe. Aliás, quase nunca existiu e é conhecido o afastamento entre os presidentes eleitos e o partido, desde Aguiar de Carvalho que é assim. Conclusão, não há a expetativa de assistirmos a debate promovido pelos partidos.
Nas redes sociais o debate político surge com algum interesse em determinados fóruns. Há propostas interessantes. Contudo, verifica-se uma tendência para a superficialidade e para o “romantismo” de querer reverter a Figueira da Foz para um passado distante.
A eleição de Donald Trump mostra que o discurso político mudou. Insultar, ofender e achincalhar os adversários políticos é aceite por uma boa parte do eleitorado. “Mandar bocas” é a forma de alguns candidatos se promoverem. Assim, é natural que localmente surjam réplicas. Este discurso político cínico e niilista (“está tudo mal”) e “trumpista – “Lets make Figueira great again”, sem explicar como nem com que dinheiro, pessoalmente não me seduz.

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