Gil Patrão
Mesmo sem reformulação do Governo, Passos dará novos passos, rumo ao desenvolvimento. Reformar a Economia é caminho, mas o PIB não é a meta! O caminho passa por eliminar burocracias, corrigir desequilíbrios, diminuir custos de contexto a empresas e particulares, baixar preços de bens e serviços essenciais e distribuir a riqueza de forma mais justa. Fazer a Economia crescer obriga a reformar o Estado e ter a coragem de fazer o que ainda ninguém fez!
O Governo deve diminuir rendas nas telecomunicações e noutros setores, como Moreira da Silva fez na eletricidade e deverá fazer no gás e combustíveis, pois equilibrar a Balança Comercial exige mexer na energia de forma inteligente e prudente, por importarmos mais de 80% da consumida. O preço do brent descer ou o dólar desvalorizar nunca é solução ambiental, que passa por poupar energia, promover a eficiência energética e implementar políticas que estimulem investimentos que valorizem fontes energéticas primárias, endógenas e renováveis, em que somos ricos, mas que ainda não aproveitamos devidamente!
Pires de Lima deve exigir aos Reguladores que regulem a concorrência e o funcionamento escorreito dos mercados e promover políticas que relancem o consumo interno, expandam exportações e o turismo e fomentem muito mais a inovação e a formação profissional.
Assunção Cristas precisa de políticas que animem a agricultura e reconvertam dois milhões de hectares de solos incultos ou abandonados, aumentando a área florestal com os que tiverem aptidão florestal e quanto ao Mar, desenvolver políticas que construam cluster de enorme valor!
No setor bancário, fulcral para relançar a Economia, Maria Luís Albuquerque deve diminuir rendas e privilégios e melhorar a transparência e funcionamento das instituições. Nas Parcerias Público-Privadas, monstro financeiro criado pelos últimos Governos, que tanto e tão gravemente erraram, quase ferindo de morte a economia, para além das poupanças conseguidas, junto de lobbies que de perto convivem com o Poder, terá de haver coragem de ir mais além!
Paula Teixeira da Cruz deve descer do pedestal e ouvir Povo e Empresários para conduzir uma das mais importantes reformas, pois só com Justiça célere, eficaz e que a todos trate por igual se capta a confiança e atraem capitais de quem pretenda investir na nossa Economia!
Nuno Crato deve-nos aproximar da OCDE e Europa, quanto a níveis educativos. Um País tem futuro quando não subjuga políticas – que formam mentalidades e desenvolvem ciência e investigação, bases da Economia – a meros cifrões. Para reformar a Educação com sucesso deve escutar e cativar setores económicos e sociais e saber motivar a juventude, nosso futuro!
Paulo Macedo deu passos certos, mas insuficientes, na gestão racional de hospitais, médicos e medicamentos, enfrentando vários lobbies, em caminho a prosseguir! Cuidados de saúde de qualidade são vitais para todos e atraem capital, empresários e trabalhadores. Deve racionalizar, sem destruir, o Serviço Nacional de Saúde, conquista do 25 de Abril e da social-democracia!
Poiares Maduro deve garantir o maior proveito dos fundos europeus, visando o “pleno” emprego, bandeira económica e social que exige renovadas políticas monetárias da União. E Mota Soares muito terá de fazer, para diminuir o desemprego e implementar um Pacto Social!
Aos passos de Passos, muitos outros passos se seguirão, mas mudanças bruscas de direção retardarão o desenvolvimento. Razão para que a oposição não se escuse a ajudar a traçar o rumo certo para o País, pois sabe que, quando governo, precisará de consensos!
