O presidente da Câmara de Oleiros, José Marques, disse à Lusa que tribunal local “dá um lucro de cerca de 45 mil euros”.
O autarca (PSD) respondia assim à intenção do Ministério da Justiça de encerrar o Tribunal de Oleiros para aí instalar uma extensão do Tribunal da Comarca de Castelo Branco, segundo a mais recente proposta de reforma do mapa judiciário, que será agora colocada em discussão pública.
“No último ano, o Tribunal de Oleiros gerou receitas de cerca de 170 mil euros [custas judiciais], as quais foram suficientes para pagar aos funcionários, sobrando ainda cerca de 45 mil euros. Ou seja, o Tribunal de Oleiros dá lucro”, sublinhou, em declarações à Lusa.
José Marques assegurou que, dos 54 tribunais que estão previstos desaparecer, o de Oleiros é “aquele que menos onera o Ministério da Justiça, pois apenas tem 7.300 euros para funcionamento por ano (sem contabilizar os vencimentos)”.
O tribunal funciona em instalações da autarquia, pelo que o Ministério da Justiça não paga renda, nem o consumo de água. A autarquia, que já remodelou o edifício, também se disponibilizou para assumir os encargos com eletricidade.
O autarca mostrou-se contra o encerramento do equipamento, lembrando que “o número de processos que consta no documento do Ministério da Justiça [um dos critérios para o fecho] não corresponde à verdade”.
O presidente da câmara referiu que estes dados já foram enviados ao Ministério da Justiça, ao primeiro-ministro e à Presidência da República.
José Marques revelou que já conversou “com altos responsáveis do Governo, alertando-os para este problema que afeta muito as populações”.
Encerramento do tribunal,de Oleiros.
Se o tribunal fechar para onde é que os nossos governantes querem mandar qualquer pessoa que tenha necessidade de recorrer a um tribunal?
Para Castelo Branco? a mais de 60km. de distância.
Para a Sertâ?a mais de30km.Estas distâncias são do centro da vila,se alguem necessitar na ponta do Concelho terá que acrescentar mais de vinte km.
Os custos com estas deslocações são incomportáveis para a maioria das pessoas a viver de pequenas pensões de reforma.
É com medidas como esta que os nossos governantes ajudam o interior do País?
Os nossos governantes teem que compreeder que o País não é só Porto,Coimbra,Lisboa e Algarve!
As pessoas que vivem no interior também pagam os seus impostos como os que vivem nas grandes cidades,por isso,teem os mesmos direitos,não podem ser tratados como cidadãos de segunda.
Não basta a falta de estradas em condições,ainda lhe querem tirar os tribunais e centros de saúde.
Como cidadão e natural do conselho não posso estar de acordo com esta medida ou com qualquer outra que prejudique o interior do País,seja qual for o local.