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Opinião: “Prova de Talento” para uma Economia Generativa

24 de junho às 12h30
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Ao fim de quase nove meses o Banco de Portugal concedeu, finalmente, as necessárias licenças de operação para corretoras de moedas digitais. Por enquanto, são duas as empresas que obtiveram o registo, a “Criptoloja” com sede no Estoril e detida pela Smart Token, e a “Mind The Coin” com sede em Braga. A missão de ambas é a prestação de “serviços de troca entre ativos virtuais e moedas fiduciárias”.
O ambiente resultante da pandemia coloca a sociedade perante desafios para os quais é necessário encontrar respostas dentro de um quadro tecnico-económico e juridico-legal que, sem prejuízo das decisões e ações de curto prazo, possa evitar a colocação em risco de aparecimento de novas empresas e mais qualificados empregos também na área monetária e financeira. Uma área financeira e monetária pouco explorada de um ponto de vista da sua relevância pessoal e empresarial resultante em parte, da tradicional aversão ao risco dos portugueses, mas também pela ausência de estímulos para a Educação e Literacia Financeira cada vez mais digitalizada e mesmo, “Digital Only”.
Na prática, fruto da crescente digitalização dos quotidianos humanos e empresariais, a geração de atividades de dados massivos e informação intensiva, introduz uma disrupção nos meios de troca ( para ativos cada vez mais desmaterializados ), de reserva de valor ( para ativos deflacionários ) e, futuramente, para suporte a unidades de conta de ativos físicos e virtuais realizados hoje, mas projetado em futuríveis ou “tokens”, plasmados em objetivos de criatividade pessoal, empresarial e societal, compatibilizando com desenvolvimento e sustentabilidade energética e ambiental.
A força computacional das infraestruturas Blockchain e o génio humano para a utilização de dispositivos móveis (smartphones e wearables) determina o acréscimo exponencial de interações sociais, económicas e financeiras e promove o aparecimento de novos perfis profissionais com capacidade para compreender e agir sobre ambientes empresariais generativos e autónomos de tempo real.
Ao mesmo tempo, os consensos e protocolos necessários para projeção e valorização de ações humanas inteligentes ( talentos ), deverá estimular o aparecimento de novos ecossistemas e novas empresas em modo de OAD ( Organizações Autónomas Decentralizadas ), com o propósito de gerar valor através de cooperações dinâmicas no cruzamento do Talento nas áreas económicas, técnicas, legais e éticas com suporte, tanto em tradicionais quanto em novos multiplicadores de capacidade como big data, inteligência artificial, deep learning, 5G e computação quântica.
Desenhar e construir a “Prova de Talento” para uma Economia Generativa com participação e agenciamento humano em colaboração algorítmica sobre plataformas de redes transparentes, imutáveis e auditáveis, para além de um objetivo de sociedade para os Millenial e a geração Z, pode ser um desígnio de civilização para a geração Alfa.

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