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Opinião: “O verão do desporto e das equipas”

17 de junho às 10h49
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Este verão será extraordinário para os amantes de desporto: começou recentemente o Campeonato Europeu de futebol, no final deste mês arranca a Volta a França em bicicleta e dentro de algumas semanas iniciar-se-ão os Jogo Olímpicos.

Pessoalmente não sou adepto de aplicar metáforas desportivas no contexto das empresas, mas a liderança num clube desportivo e numa empresa têm alguns aspetos em comum. É possível reconhecer algumas analogias entre as funções do treinador e do gestor. Alguns dos pontos que os unem são: a importância do foco nos objetivos comuns, a motivação e a gestão das dinâmicas coletivas.

Nas empresas, as equipas operam em condições muito imprevisíveis e não têm necessariamente um “adversário” definido. Mas, tal como um bom treinador, um líder empresarial deve identificar as habilidades/características de cada elemento para ajustar o seu perfil à “posição” que ocupa. As competências de um trabalhador ou atleta podem ser aproveitadas para moldar a equipa e melhorar o desempenho coletivo.

No desporto, a grande objetivo é o resultado final do jogo, da corrida ou do campeonato. Por isso, a definição de vitória é muito fácil. Porém, nas empresas e na gestão de equipas, não existe necessariamente uma noção de vitória.

O que é uma vitória num contexto empresarial? Este conceito pode ser criado e passa muito por definir e implementar, em conjunto com a equipa, uma percepção de “vitória” nas suas atividades diárias. Pode ser definir um propósito para motivar as pessoas, mas também pode passar pela definição de KPI’s ou indicadores organizacionais com o envolvimento de todos. O processo pode passar por definir um objetivo para cada indicador e implementar o plano necessário para o atingir. E, no final celebrar em conjunto.

No período pós-pandemia assistiu-se a uma alteração ao modelo de local de trabalho – físico e digital – e as empresas tiveram de se reorganizar para garantir as condições necessárias e promover a produtividade e motivação dos seus trabalhadores. Acredito que para manter a coesão das organizações é necessário reinventar a forma como promovemos os “momentos de equipa”. Vemos cada vez mais empresas a utilizarem benefícios como a utilização de ginásios ou atividades desportivas, momentos culturais ou outros, para melhorar a experiência de cada trabalhador e a sua capacidade de colaboração.

O desafio está lançado: inspire-se na superação individual dos atletas olímpicos e nas dinâmicas das seleções no Euro, para repensar as atividades das suas equipas empresarias. Não conseguiremos todas as medalhas ou todas as taças, mas tenho a certeza que este verão encontrará histórias inspiradoras. Pessoalmente estarei de olhos atentos em Paris, a torcer pelo “nosso” Diogo Ribeiro!

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