No próximo dia 1 de Março, a Universidade de Coimbra (UC) completa 734 anos.
É uma das mais antigas Escolas da Europa e continua a ser uma das mais prestigiadas do Mundo.
É certo que alguns dos seus detractores – seja por inveja, por má fé ou por ignorância… – não raro insinuam que é uma Universidade envelhecida, parada no tempo, a viver à sombra das glórias de antanho.
Felizmente, tais maledicências são facilmente desmentíveis pelos números que retratam a UC actual – alguns dos quais a seguir vou citar.
A UC tem mais de 28 mil alunos, cerca de dois mil docentes e de 300 investigadores, e o pessoal técnico ronda as 1400 pessoas.
Nas oito Faculdades que a compõem, a UC ministra 389 cursos, 45 licenciaturas, 127 mestrados, 74 doutoramentos.
Fisicamente distribuída por quatro pólos, possui 16 bibliotecas (entre as quais a Joanina, unanimemente reconhecida como uma das mais belas do Mundo), dois museus (com excelentes acervos em diversas áreas), dois teatros, dois estádios, um Jardim Botânico (magnífico!), 13 residências, 16 unidades alimentares.
Alberga 38 Centros de Investigação, onde decorrem mais de meio milhar de projectos de grande importância científica. Tem mais de 25 mil publicações no Web of Science e cerca de meio milhar de patentes nacionais e internacionais registadas.
Mas de todos os dados estatísticos, o que me parece mais eloquente é o seguinte: cerca de 20 por centos dos alunos inscritos na UC são estrangeiros!
Ou seja, neste momento, há mais de 5 mil estudantes estrangeiros (provenientes de mais de uma centena de países de todos os Continentes) que estão a frequentar a Universidade de Coimbra. Optaram pela UC, entre as muitas centenas de famosas Universidades, espalhadas pelo Mundo, que tinham à sua disposição.
Certamente que não escolheram ao acaso, mas antes foram atraídos pela reputação internacional da UC.
Ainda anteontem (segunda-feira) tive oportunidade de assistir, no repleto Auditório da Reitoria, à recepção a 600 estudantes Erasmus, oriundos de mais de uma centena de países, acabados de chegar para um semestre na UC – que se somam a outros 600 que já antes frequentaram a UC neste ano lectivo.
Nessa sessão, foi investido como Embaixador Alumni um antigo estudante da UC, Gonçalo Castelo-Branco, que é professor catedrático e investigador em biologia celular na Suécia, no reputadíssimo Instituto Karolinska. Na ocasião, ele partilhou um pouco da sua experiência enquanto estudante da UC, elogiando a multiplicidade de actividades culturais, desportivas e lúdicas que a Associação Académica de Coimbra disponibiliza a todos os alunos.
Justo é destacar aqui o notável trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Vice-Reitor com o pelouro das Relações Externas e Alumni, João Nuno Calvão da Silva, imprimindo invulgar dinamismo a esta área e fazendo uma excelente promoção da imagem da UC nas muitas acções em que tem participado por esse mundo fora.
Enfim, creio que Coimbra tem todas as razões para continuar a sentir muito orgulho na sua secular Universidade, que tem sabido regenerar-se ao longo dos tempos, assim mantendo invejável e inquestionável prestígio.