Festival Apura oferece a Coimbra três dias com propostas artísticas diferentes
O festival Apura, que decorre em Coimbra de quinta-feira a sábado, leva à cidade “três dias recheados de muitas coisas diferentes”, numa programação com 50 propostas artísticas, informou hoje o presidente da Associação Cultural Apura, Bernardo Rocha.
“Este ano, sentimos que é muito importante, do ponto de vista da premissa do festival, aproximar diversos movimentos artísticos que têm acontecido ao longo do espetro nacional e tentarmos criar e tornar Coimbra um espaço de encontro, de partilha e de mostrarmos que práticas artísticas convencionais e não convencionais têm todas espaço”, frisou Bernardo Rocha, ao longo da conferência de apresentação da iniciativa.
A quinta edição do evento conta com cerca de 50 propostas artísticas, incluindo 17 estreias, que estão pela primeira vez na cidade de Coimbra, estando prevista a participação de 90 artistas e 15 coletivos artísticos.
Um dos destaques, segundo Bernardo Rocha, é a residência artística de Rita Silva e João Mortágua, uma proposta de criação que tem início hoje, culminando com uma apresentação musical na quinta-feira, na Casa das Artes Bissaya Barreto.
Situada neste mesmo espaço, a exposição “Ser-coisa” teve início no fim de agosto e, por estar integrada na programação do festival, encerra no sábado, estando prevista a realização de performances por parte de três das artistas responsáveis pelo projeto.
Concertos dos Deambula, Marte Paulo, Bicho Carpinteiro, Cíntia & Rezmorah, José Vale, Serpente, Cat Soup, Sistro e Violeta Azevedo, um ‘live set’ do ‘DJ’ Veneno 666, assim como de Kara Konchar, performances de Cláudio Vidal, Pedro & Nervosa e Inês Tartaruga Água, assim como ‘DJ set’ de Lexi, ‘DJ’ Vicecity, Neurodancer e GBRL são algumas das propostas deste ano.
A diretora da Casa das Artes Bissaya Barreto, Maria Marques, ao longo da conferência, frisou que a realização do festival no “ano passado foi toda uma experiência, porque a Casa tinha acabado de abrir”, e “este ano o espaço já está mais qualificado”.
“Acho que vai ser ótimo voltar a receber o festival”, vincou, defendendo ainda que “faz todo o sentido” a sua realização neste espaço, já que diversos ideais do Apura “se conjugam muito bem com os ideais da Casa”, como o apoio aos artistas emergentes.
Os bilhetes diários para a Casa das Artes Bissaya Barreto tem um custo de dois euros, sendo possível comprar uma entrada geral por cinco euros, enquanto as atividades na Praça da República são de entrada gratuita.
Presente na conferência, o chefe da Divisão de Cultura e Promoção Turística da Câmara Municipal de Coimbra, Rafael Nascimento, afirmou que o Município considera “importante haver espaço para a cultura alternativa”, acrescentando que o Apura olha cada vez mais para “uma forma multidisciplinar” de arte, o que “também acrescenta camadas ao programa que apresentam”.