diario as beiras
Nacional

Ferro Rodrigues pede candidatura presidencial que responda ao eleitorado de esquerda e de parte do PS

31 de julho às 10 h47
1 comentário(s)

O socialista Eduardo Ferro Rodrigues lamentou hoje que não ainda tenha aparecido uma candidatura presidencial que “responda aos anseios do eleitorado da esquerda democrática e de parte significativa do PS”, considerando que mesmo quem já recusou deve rever essa posição.

Em declarações à agência Lusa sobre os candidatos já assumidos às eleições presidenciais do próximo ano, o antigo presidente da Assembleia da República referiu que à direita “estão satisfeitos e, até através dos seus comentadores, pressionam para que à esquerda não haja mexidas”.

“Lamento que até ao fim de julho não tenha sido anunciada uma candidatura à Presidência da República que responda aos anseios do eleitorado da Esquerda Democrática, em geral, e de parte significativa do PS”, afirmou.

Para Ferro Rodrigues, “a questão não tem que ver apenas com personalidades, mas sobretudo com vazios programáticos”.

“É necessária e urgente uma candidatura democrática e humanista, a curto prazo. Esperemos que nas próximas semanas tal aconteça. Ninguém fica de fora deste desafio”, apelou.

Questionado sobre se queria avançar com algum nome, o antigo líder do PS referiu que já disse “o necessário e o suficiente sobre a hipótese Sampaio da Nóvoa”, que vê “com bons olhos”.

“Mas se ela não se concretizar acho que há um desafio global que é colocado a toda a esquerda democrática e que mesmo as pessoas que já disseram ‘não, nunca, jamais’, terão que rever a sua posição”, desafiou.

Sobre se uma dessas pessoas que deve repensar a sua posição é Mário Centeno, que deixará de ser governador do Banco de Portugal, Ferro Rodrigues disse não querer “personalizar em ninguém”.

“Portugal precisa de uma candidatura que diga não e que se oponha firmemente à ascensão da influência da extrema-direita no Estado Democrático, visando enfraquecê-lo e mesmo destruí-lo”, defendeu.

Na opinião do antigo presidente da Assembleia da República, é preciso uma candidatura presidencial que “intervenha na crise de confiança que existe na União Europeia, agora agravada por concessões muito perigosas perante a administração Trump, sobretudo em matéria de energia e de defesa”.

“Portugal precisa de uma candidatura que se insurja contra os extermínios, massacres, condenações à morte através da fome na Faixa de Gaza e do contínuo desrespeito pela ONU na Cisjordânia e que se comprometa a ativamente contribuir para o reconhecimento do Estado palestiniano pelo nosso país”, apelou.

O antigo secretário-geral do PS António José Seguro é um dos candidatos presidenciais que se apresenta à esquerda, bem como o candidato apoiado pelo PCP António Filipe.

Autoria de:

Agência Lusa

1 Comentário

  1. Miguel Coimbra diz:

    Há dois candidatos à direita que se avizinham como potenciais candidatos à segunda volta: Gouveia e Melo e Marques Mendes. À esquerda há duas boas opções para tentarem espreitar a segunda volta: António José Seguro e António Filipe. O surgimento de mais um nome com potencial na esquerda só vai provocar divisão e ajudar a que sejam dois candidatos de direita na segunda volta. É isso que Ferro Rodrigues quer? Quero acreditar que não.

Deixe o seu Comentário

O seu email não vai ser publicado. Os requisitos obrigatórios estão identificados com (*).


Últimas

Nacional