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Fenprof sai à rua na sexta-feira em protesto contra “insustentável bloqueio negocial”

24 de junho às 12h17
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A Federação Nacional dos Professores vai protestar, na sexta-feira, em Lisboa, contra o “insustentável bloqueio negocial” imposto pelo ministério que os docentes dizem estar a agravar a situação de professores e educadores.

O protesto está marcado para a Praça do Rossio, onde irá surgir uma “Feira dos problemas com soluções bloqueadas”, que consiste numa exposição que retrata “os problemas cujas soluções estão bloqueadas pela atitude antidemocrática do Ministério da Educação”, explica a federação em comunicado.

A Fenprof acusa a tutela de estar, “há longo tempo”, a bloquear o processo negocial sobre várias matérias provocando “consequências muito negativas para os professores e os educadores”.

Em causa estão problemas como a valorização da carreira, a estabilidade ou o “direito a uma aposentação digna e num tempo que tenha em consideração o desgaste físico e psicológico” dos docentes.

Além disso, acrescenta, é preciso garantir o rejuvenescimento do corpo docente das escolas.

A estrutura representante dos professores acusa o ministério de não dialogar sobre os “abusos e ilegalidades” relativos aos horários de trabalho e à possível redução do número de alunos por turma.

“Face ao arrastamento desta situação de bloqueio imposto pelo Governo e protagonizado por Tiago Brandão Rodrigues, cuja inércia leva a que se agravem os problemas, a Fenprof vai promover esta “Feira dos problemas com soluções bloqueadas””, anuncia a estrutura sindical em comunicado enviado para as redações.

Os problemas dos professores e das escolas serão “proclamados e cantados em quadras populares” durante a Feira que deverá terminar com a aprovação de uma moção a enviar aos decisores políticos nacionais que serão acusados de estarem a “afastar os jovens” da profissão ao não encontrarem soluções que valorizem a carreira.

Além da precariedade, quase metade dos docentes no ativo tem hoje mais de 50 anos, um problema que em breve se vai traduzir na carência de profissionais nas escolas, uma vez que a maioria dos professores deverá aposentar-se até 2030.

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