Câmara de Coimbra diz que retoma de Orçamento Participativo em 2025 não é certa
A Câmara de Coimbra tinha afirmado que o Orçamento Participativo iria regressar em 2025, depois de quatro anos sem edição, mas o vereador responsável pela pasta admitiu ontem que o regresso no próximo ano não é garantido.
O Orçamento Participativo em Coimbra não se realiza há quatro anos consecutivos, com o atual executivo a afirmar que a prioridade seria executar projetos para trás, tendo herdado várias candidaturas vencedoras que não tinham sido concluídas.
Ontem, o vereador com o pelouro da juventude, Carlos Lopes, afirmou na reunião da Câmara Municipal que o regulamento para o Orçamento Participativo (OP) Jovem seria apresentado até ao final do ano, após o regulamento ser discutido no próximo Conselho Municipal da Juventude.
Questionado pela agência Lusa, no final da reunião, sobre o futuro do Orçamento Participativo Geral, aberto a toda a comunidade, Carlos Lopes afirmou que se irá bater para que haja uma verba para relançar o programa e apoiar “entre quatro e cinco projetos”.
No entanto, o vereador eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra admitiu que não pode afirmar, “com toda a certeza, que irá haver Orçamento Participativo [Geral] em 2025”.
“Temos de fazer uma avaliação e perceber se haverá verba ou não. Temos de aferir os projetos que ainda estão em execução e perceber se iremos conseguir executá-los até ao final do ano, para termos condições para lançar novos projetos”, aclarou, vincando que a Câmara de Coimbra não tem intenção de acabar “com a política de participação”.
Questionado pela agência Lusa sobre se não seria possível executar os projetos de edições anteriores e, ao mesmo tempo, lançar um novo OP Geral, Carlos Lopes referiu que as candidaturas vencedoras de outros anos “têm um envelope financeiro” associado, ficando o executivo com “uma margem mais curta para iniciar um novo processo”.
Na reunião do executivo, o tema foi abordado pelo vereador do PS, José Dias, afirmando que Coimbra não dispõe, de momento, dessa “relevante ferramenta” e que “não há qualquer financiamento alocado” à mesma.
“Não há, sequer, perspetivas de reativação do Orçamento Participativo”, criticou.