Opinião: As Férias: “Viagem a Portugal…”

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Eis o verão! E com ele o período de férias preferido pela maioria de nós, sendo que a sazonalidade turística a que esta preferência dá origem, o desequilíbrio entre época alta e época baixa, é uma das características mais marcantes do funcionamento da designada indústria do Turismo que importa mudar. Uma transformação lenta, com certeza, que implica muita imaginação e criatividade, mas que importa assumir, pelo ambiente, pela economia e por todos os agentes ligados direta ou indiretamente a este imenso e transversal (talvez o mais transversal de todos) setor de atividade.
Falemos então das férias, das férias grandes, estas, efetivamente e sem qualquer dúvida, gozadas neste período, ou não fossem as mesmas associadas também às férias escolares anuais, período e expressão que nos traz gratas memórias de infância e juventude, pelas vicissitudes normais dessas idades e… por tantos dias folgazões à nossa disposição. Em adultos gostamos agora de voltar àqueles dias, procuramos aquelas memórias, voltamos, tantas vezes, a casa. Mitigamos saudades, veja-se o caso dos nossos emigrantes. E isto faz-se pela viagem, esse outro anseio natural nos humanos, de tal forma que criou uma importante atividade económica, hoje fundamental para muitos países a nível mundial, como é o caso do nosso, noutros ainda é absolutamente estrutural.
Vamos por essas terras fora, de festa em festa, romaria em romaria, reunião familiar em reunião familiar, rever tanta gente que gostamos e amamos, desde sempre, frequentando lugares de boas e doces recordações, quem sabe as dos primeiros amores… Inevitavelmente e por todos os locais onde passamos, acabamos à volta da mesa, a mesa da família, a dos amigos, a do restaurante típico, do restaurante fino, da tasca, do bar ou da barraca na feira popular. Porque a nossa comida… ai, a nossa comida!
E é este o convite que vos deixo hoje aqui, que desejo imensamente possam aceitar e cumprir nas próximas semanas. Afinal, daí as aspas no título deste artigo, o convite que Mestre José Saramago ( 1922-2010 ) já nos havia feito através da obra Viagem a Portugal, editada originalmente em 1981, que revisitámos, em parte, através de recente série televisiva, protagonizada, ao jeito de guia turístico, pelo ator brasileiro Fábio Porchat. Um tratado de Turismo, há mais de 40 anos, quando no nosso país ainda tão pouco se falava nisso. Mas podia ter usado também a expressão “Pelos Caminhos de Portugal…”, honrando a música popular portuguesa, rainha das romarias, tema com que o cantor luso-brasileiro Mário Gil
( 1941-2017 ) nos brindou em 1984, atingindo os primeiros lugares dos top musicais, este um roteiro turístico de norte a sul do país, escrito em tom autobiográfico, invocando o autor as suas próprias memórias e emoções quando ao país dos seus pais chegou (nasceu em São Paulo) e por aqui ficou.
BOAS FÉRIAS! BOA VIAGEM!

 

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