Opinião: Formação e Emprego em Turismo – números do sucesso!

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A empregabilidade elevada das profissões ligadas ao Turismo, com destaque para a Hotelaria e a Restauração, pode ser dos principais fatores de atração das mesmas e é com essa poderosa arma que as empresas podem resolver boa parte dos seus problemas a este nível, desde que respondam também com melhores condições de trabalho (salários, horários, outros incentivos). Isto porque são bem conhecidos os problemas que as empresas enfrentam em termos de escassez de recursos humanos qualificados para o trabalho em Turismo. Calcula-se que, aos dias de hoje, haja cerca de 45.000 vagas por preencher em todo o país, nomeadamente em áreas operacionais e de gestão intermédia.
O Turismo de Portugal, que gere uma rede pública de 12 Escolas de Hotelaria e Turismo de norte a sul do país, com cerca de 3500 alunos em formação inicial (Cursos Profissionais e Cursos de Especialização Tecnológica), lançou um inquérito online sobre empregabilidade aos seus alunos que terminaram os cursos no ano letivo 2021-2022, até um e até seis meses após o término da formação. Vamos deter-nos aqui nos resultados a seis meses. Os dados, em termos globais desta rede de escolas, não poderiam ser mais claros (num total de 366 respondentes de 769 alunos, ou ex-alunos, contactados): 94% dos que responderam não encontraram, nesse espaço de tempo, dificuldades de colocação, dos quais 76% estão integrados no mercado de trabalho e 18% em prosseguimento de estudos.
Relativamente ao vínculo contratual dos diplomados empregados verifica-se que a maioria, 86%, encontra-se a desenvolver atividade com contrato de trabalho a termo certo (a que não será estranho o facto de estes jovens estarem a iniciar carreira), 8% desenvolve atividade ao abrigo de estágio profissional e 4% prestam serviços por conta própria. Em relação ao grupo de empregados, importa ainda dizer que uma larga maioria fica a trabalhar no nosso país, 90%, sendo que 10% do grupo em estudo optou por uma experiência internacional, contando-se os Países Baixos, Chipre, França, Japão, Islândia, Alemanha, Áustria, Canadá, Espanha e Estados Unidos como países que receberam estes novos profissionais.
A Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, que serve, em primeira instância, o mercado das empresas turísticas da Região Centro (junto com as suas congéneres de Lamego e do Oeste-Caldas da Rainha/Óbidos), evidencia resultados ligeiramente abaixo das médias acima apresentadas, mas ainda assim muito relevantes no contexto da formação profissional e o emprego: 89,5% de taxa de atividade, com 54,8% dos alunos finalistas em 2021-2022 já empregados e 34,7% em prosseguimento de estudos, sendo estes últimos, na sua maior parte, em áreas ligadas ao Turismo. Todos estes jovens, e adultos também, porque passaram por importantes processos educativos e formativos, estão prontos para o mercado de trabalho, nacional e internacionalmente. É todo um mundo de oportunidades que se abre à sua frente, pois os principais destinos turísticos mundiais não escapam, igualmente, à falta de pessoal especializado. Porque mais educação e mais formação significam melhor emprego! Nisto, as profissões do Turismo não são exceção.

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