Opinião: A cidade deve pôr fim às touradas? Não

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NÃO Porque sou reformista e não revolucionário, prefiro os conceitos de transformação e de renovação aos de rutura e de revolução: por um lado, porque há, em tudo o que fazemos, um manancial de conhecimento e de sabedoria, associado ao tempo, que não deve ser sumariamente rejeitado; por outro, porque as novas construções baseadas apenas em lógicas de futuro radioso muito cedo passam a praticar, tão-só, o pior do que procuraram erradicar do passado tenebroso (as exceções são isso mesmo…).
Assim, defendo uma necessária e urgente reflexão sobre toda a atividade taurina, de forma a preservar o essencial (a cultura, a identidade, a arte, a festa, a função social), anulando a evidente, desnecessária e arcaica brutalidade.
Já agora: sendo a Figueira, neste caso, um privilegiado “dois-em-um” (porque quer ser, cada vez mais, um espaço de tolerância, e porque tem tradição na “festa brava”), porque não sermos o catalisador da renovação da tourada, através da criação de um Fórum Internacional, o qual contemple atividades destinadas a um público interessado, mas mais vasto (Colóquios, Congressos, Feiras, …), e momentos de trabalho mais específico (reuniões sectoriais, lobbying, estabelecimento de protocolos, …).
Mas, como isto é capaz de dar algum trabalho, o melhor talvez seja mesmo continuar ao megafone…

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