NÃO
Nos últimos anos, na cidade da Figueira foram utilizados, contas redondas, €1,3 milhões na requalificação da praia, €2 milhões na 1.ª fase da requalificação da zona ribeirinha de Buarcos, €1,5 milhões na requalificação da baixa, €1,2 milhões na requalificação do Jardim Municipal, e €5 milhões na requalificação do Cabedelo. As palavras repetidas são milhões e requalificação. Valeu a pena? Tragicamente, não!
Foram 11, os milhões! Gastos, porque, recorrentemente anunciados com os objetivos de requalificar e de despoluir, tiveram, afinal, como resultado mais cimento, logo uma maior impermeabilização dos solos, e mais congestionamento de trânsito, logo mais poluição.
Neste momento, não concordo que se gaste mais dinheiro em obras na cidade, mas que se crie, finalmente, um efetivo, e neutro ambientalmente, sistema de transportes urbanos, o qual permita uma mobilidade sustentável, fruto de um planeamento eficiente e equilibrado.
Pelas suas características e dimensão, na Figueira deveria ser muito fácil chegar de um ponto ao outro da cidade recorrendo a um meio de transporte alternativo ao automóvel, através de opções mais acessíveis, rápidas, económicas e sustentáveis.
A melhoria da qualidade ambiental e da vida da comunidade, a residente e a visitante, não se consegue com mais obras, mas através da mudança de paradigma.