De que modo a pandemia afetou as suas férias?

O risco de contágio continua relativamente elevado e por isso as férias são passadas em casa. Literalmente vivo a metros da praia, o que facilita e proporciona um tempo de lazer com conforto sem ter que sair de casa. Muitos figueirenses parecem mesmo ter optado, como eu, por ir a banhos na Figueira neste verão de 2020.
As saídas aos restaurantes fazem-se com alguns amigos nacionais (de Lisboa, de Viseu…) e estrangeiros com casa em Portugal, que visitam a Figueira para rever a família, ou somente para apanhar sol. Alguns após meses de confinamento. E nos restaurantes procura-se a esplanada, o ar livre, reduzindo o risco de contágio pelo simples facto da brisa da Figueira diluir uma eventual acumulação da carga viral.
O facto de estar a passar férias na Figueira levou-me a percorrer outras praias, Costa de Lavos, por exemplo. Isto também porque em julho houve dias em que era impossível estacionar no Cabedelo e na zona do Hospital. Nunca tinha visto aí tanta gente. Aliás a Figueira, mesmo sem Sunset, esteve ao rubro nestas semanas, com muito mais gente do que é habitual.
O que me desgostou foi o facto dos acessos às praias, e mesmo as zonas contíguas, estejam tão desleixados. Muitos contentores de lixo por recolher, os estrados de madeira partidos e com pregos enferrujados à vista, bancos e apoios de praia partidos, estacionamento caótico, uso de plásticos descartáveis nos bares adjacentes à praia (que acabam por voar e contaminam o mar) …etc. A repartição de responsabilidade entre Juntas de Freguesia e Câmara eventualmente conduz à ausência de qualidade dos acessos, sem nenhuma manutenção muitos deles.
Pela positiva noto o profissionalismo dos nadadores-salvadores, muito bem equipados e transmitindo uma sensação de segurança; as pessoas que observam distância social e em geral um esforço enorme da restauração em adaptar-se à situação de pandemia e servir bem o cliente.

Pode ler a opinião de João Vaz na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS