Opinião – Figueira cidade património

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Pode-se afirmar que a nossa cidade não tem valorizado condignamente o património construído na zona citadina do Bairro Novo. Esta afirmação justifica-se pelas evidentes perdas sofridas e, no seu progressivo empobrecimento global, sem a correspondente substituição ou reparo.
É importante preservar o conjunto de construções que, pelas suas características decorativas, estéticas e formais, se podem enquadrar no movimento artístico das primeiras décadas do século XX, que se designou em Portugal por Arte Nova, que prolifera nesse enquadramento habitacional da cidade.
Esta manifestação artística ainda que pouco ostensiva, podendo passar despercebida aos menos atentos, é na verdade um estilo decorativo muito peculiar, que integra o azulejo, a cantaria ou a serralharia artística, oferecendo aos figueirenses toque de modernismo às fachadas, permitindo um olhar especial a quem passeia pelas ruas do Bairro Novo, não devendo por isso ser descurada a sua preservação.
Daí a necessidade de uma atenção redobrada por parte quer da edilidade, quer dos proprietários, justificando-se a elaboração de um roteiro pedagógico e turístico que possa funcionar como recurso para a observação e descoberta destes registos arquitetónicos que, se mostram em varandas, janelas, portas de edifícios ou remates de fachadas e que marcam a diferença entre um simples passeio pelas ruas da cidade, daqueles que a visitam, de uma leitura rica em história, arte e cultura deste espaço urbano figueirense.

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