O sector do Turismo tem vindo a crescer desde 2008 e mais acentuadamente nos últimos anos. Segundo dados do INE, divulgados pela comunicação social, na Região de Coimbra o crescimento entre 2008 e 2016 cifrou-se em quase 500 mil dormidas. Os números de 2017 não estão totalmente apurados (falta o mês de Dezembro) mas reforçam a tendência de crescimento.

Neste sector, Coimbra, cidade Património da Humanidade, terá ainda muito que planificar e investir. Desde logo, é importante aumentar o tempo de estada na cidade. Actualmente, o tempo médio de estada nos estabelecimentos de alojamento turístico é de 1,7 dias. E muitos são os turistas que nos visitam durante algumas horas apenas.

Entre as várias modalidades de Turismo Itinerante, tem também aumentado o fluxo de autocaravanistas, nacionais ou oriundos de vários países europeus. Coimbra dispõe de um espaço não qualificado, na margem esquerda do rio, junto a uma área de serviço que apesar das condições manifestamente insuficientes é bastante procurado por autocaravanistas.

Na passada reunião do executivo municipal, propus que se proceda à requalificação deste espaço, criando-se uma área de serviço para autocaravanas com as exigências técnicas adequadas. As infra-estruturas de um equipamento desta natureza são simples e extremamente baratas. É necessário montar uma plataforma com ligação ao sistema de esgotos urbanos através de sistema de sifão e exteriormente a esta deverá instalar-se um módulo de serviços com terminais de abastecimento de água e de despejo. E, claro, requalificar o espaço do parque e a sua envolvente. É simples, é económico, mas valoriza a cidade.

Assim, requalifica-se o espaço público nas margens do Mondego, objectivo caro aos conimbricenses que há muito anseiam pelo estreitamento da ligação da cidade ao rio e pela sua fruição. Irá permitir atrair mais praticantes desta modalidade de turismo. E também assim contribuir para o comércio local, o aumento de visitas a museus e monumentos, a divulgação da cidade de Coimbra.

Uma cidade limpa, com jardins e espaços públicos cuidados, faz toda a diferença. A qualidade de vida na cidade e nas nossas freguesias depende em larga medida de pequenas intervenções, porventura não muito mediáticas, mas promotoras de mais bem-estar.