Opinião – Um adeus a(nunci)ado

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Gil Patrão

Gil Patrão

Não se pode dizer que o único motivo tenha a ver com a lista, embora esta lista não seja uma lista qualquer, se a mesma existir, é claro!

Nem se garante que, caso assim seja, o Governo esteja isento de culpas, se tal lista for da sua responsabilidade, claro!

Mas que o adágio de que não há fumo sem fogo bate certo sempre que há um incêndio, também é igualmente claro!

Só que neste caso o incêndio é político. Já as dúvidas são de todos nós, cada vez mais surpresos de que, num Estado de direito, possam haver suspeições sobre uma questão fundamental e elementar, como o é a igualdade de todos cidadãos perante o Estado! Claro que Orwell há muito a(nunci)ou que isto de sermos todos iguais não invalida que uns o sejam mais do que outros!

Se a lista VIP existir, como tudo o faz crer, será que alguém acredita que tenha sido um organismo da Administração Pública – por definição não política – a tomar uma decisão eminentemente política e manifestamente anticonstitucional?
E se a lista se confirmar, o que se aguarda a qualquer momento, e se tiver havido conhecimento da mesma por membro do elenco governativo, porque tarda o Governo a a(nunci)ar a demissão de um certo Secretário de Estado?
Se o Primeiro-Ministro não impuser o restabelecimento dum mínimo de moral ao seu Governo, será sinal de que prefere ficar à espera que sejamos todos nós a a(nunci)ar tal decisão.
Mas, se assim vier a ocorrer, por que temos de aguardar até ao final do verão? Não podemos, e devemos, apressar uma grande demissão, com clamor e direito a ovação?
Porquê prolongar mais esta agonia, para além dos quatro anos que completam o período normal de qualquer legislatura?

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