Opinião – Capitular? Não! Rebeldia!

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Norberto Canha

Rebeldia de uma cidade ou área metropolitana. No livro que escrevi “Momentos, esperanças e certezas, contas aos netos – Minerva- Coimbra,” Junho de 2008, iniciando na página 67, segue-se” Manifestos em prosa”, o primeiro dos quais é “Manifesto de uma cidade x (pensando em Coimbra), para um cidade x (Coimbra) que aconselhamos: leiam.

Eu sou contra o poder centralizado ou centralizador, como também contra as regiões que é um aumento de despesas sem qualquer utilidade e acréscimo de bem-estar, labuta e conhecimentos, como pode ser avaliado com a chegada ao poder da juventude que nunca aprendeu o que são sacrifícios e como vencer as dificuldades.

Todos e sem excepção, imputam a responsabilidade, a dificuldade acrescidas, que estamos vivendo ao governo e governantes, quanto a nós é sobretudo o fruto da falta de poder partilhado. Em que uma área metropolitana não pode estar dependente das migalhas que distribui o poder central, e no plano da actividade da área metropolitana e câmara municipal deve constar o que fazer para que todos os seus habitantes tenham emprego e bem-estar. Isto não se tem feito, e, assim, o poder central quorta qualquer iniciativa e responsabiliza o poder local que não passa de uma farsa, quando Ele, o poder local, sem poder é o primeiro responsável pelo caos a que se chegou na presente situação.

No poder local deve residir a alavanca que afaste a crise duma vez por todas. É que o pode central, tal como as grandes cidades, nada produzem para a solução da crise, só consomem.

Este apontamento deve-se ao facto de ler, embora tenha sido só o título, de que o presidente da câmara de coimbra se opunha a que as águas fizessem parte de um todo regional que era um primeiro passo para um todo nacional. Acho que todos os devemos apoiar neste propósito, de contrário, qualquer dia ara pagarem a dívida acrescida, vendem as águas como já fizeram com a EDP e só não venderão o sol porque ainda não se adivinha comprado. Fui dos poucos ou único que na assembleia municipal de Coimbra me opus a que a Eléctrica das Beiras fosse absorvida pela EDP (que já venderam). E a quem cabia a distribuição da electricidade pela cidade e arredores era a câmara. Se a memória não me falha dava um lucro de 40 mil contos que no momento actual, se tivesse apenas a dimensão que então tinha, seriam 4 milhões de contos. Sendo o factor de conversão apenas 100, embora actualmente, sejam , pelo menos 150. Por outro lado, quando a RTP foi para o Porto, fiz uma proposta para que reivindicássemos igual propósito. Fiquei se não solitário, quase solitário e assim, um sopro dado em Lisboa que é um tufão em Coimbra e um tufão em Coimbra nem como um sopro é escutado em Lisboa.

Assim, não temos desde a equipa de Cavaco Silva, Fernando Nogueira, nenhum ministro no Governo – vão tolerando uns secretários de Estado – levam-nos as direcções regionais de agricultura e Turismo e até quiseram levar a DREC… O que nos esperará mais? A agricultura e o mar em qualquer crise são actividades essenciais. Consegui, através do deputado Pedro Saraiva – a minha gratidão pelo seu empenhamento – que a Comissão de Agricultura da Assembleia da República nos recebesse. Convidei pessoalmente para nos acompanhar os presidentes da câmaras de Coimbra, Cantanhede, Montemor-o-Velho. A impressão que me ficou é que iriam. Não apareceu nenhum. Apareceu sim, o presidente da Câmara Municipal de Mirandela, dr. José Silvano. Para ele e para o sr. Basílio (ambos interessados na recuperação do complexo agro-industrial do Nordeste) a minha sempre presente gratidão. E quão importante era a sua presença. Assim? Não!

A responsabilidade maior daquilo a que se chegou é das câmaras; só fizeram obra de fachada. Foi isso que aconteceu. E, porque dava votos!.

Eu choro!

Não que tenha vontade de chorar;

Choro pelo desassossego que vejo em todo o rosto. Pelas lágrimas que uns deitam

E sem razão; E outros retém, mas já não têm pão?!

Eu choro pela incerteza que vejo em cada governante – No poder ou aspirante a ele – Por dizerem mentiras desconexas; Verdades já sem nexo que utilizam não acreditando nelas

E, nós, já não acreditamos neles!

Alguma coisa tem que mudar

E com Eles teremos que ser Nós

Para se voltar a acreditar.

É aí que se encontrará a solução

– de voltar a acreditar

Só então eu deixarei de chorar!

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