A cidade, qualquer cidade, está apática, desnorteada, insegura, desmotivada, descrente, abúlica… Tem de ser um estado de saúde passageiro! Impõe-se um diagnóstico! Exige-se uma terapêutica!
Quando a cidade estava saudável havia:
– Uma boa indústria: alimentar; cerâmica; têxtil; matálico-mecânica…
– Um bom ensino: escola comercial e industrial; agrícola; secundário; universitário…
– Um comércio – aceitável…
– Uma comunicação social – aceitável…
-Uma saúde – aceitável…
– Um turismo – aceitável
– Artes…
Passou por nós o comboio do progresso. Estamos transformados em apeadeiro… o único passageiro a apanhar esse comboio foi a saúde.
Agora até esse apeadeiro nos querem tirar; se o comboio pára é para levar mais alguma coisa do que nos ficou:
– Do ensino…
– Da agricultura…
– Da economia…
Em contrapartida querem-nos enriquecer com os dejectos; fraca compensação!…
É a altura de dizer basta. Venha o diálogo.
Se não vamos a isto:
– Uma luta feroz, justa, tendo como único limite o confronto (que se espera civilizado).
Luta em prol de quê? – Do renascimento da indústria com quatro pólos: indústria pesada, indústria ligeira, indústria de ponta, agro-alimentar…
– Retoma da ideia de uma Área Metropolitana… e, por que não, o conceito grego ou fenício da Cidade-Estado…
– Rejuvenescimento e animação do ensino…
– Um comércio saudável, moderno, concorrencial…
– Uma saúde renovada para que a qualidade que se atingiu com os novos HUC… não se desmorone…
– Um turismo que ecoe…
– Umas artes que vibrem…
– Meios…
Além das fontes de rendimento actuais, acrescentar a adopção (através de acções?) de 5% de tudo o que cada um de nós ganha. Terá de obedecer a um plano global e estará isenta de impostos a utilização desse quantitativo. Não pode haver fuga a este acréscimo!
– Passará a haver emprego para os nossos filhos…
– As aldeias não terão que se despovoar…
– Os nossos filhos poderão casar – não ficarão secos – pois os nossos netos começarão a aparecer…
Quem é responsável pela situação a que se chegou?
– Todos nós somos responsáveis: – uns mais que outros em função da sua preparação…
Mas a responsabilidade vai do mendigo ao professor universitário.
Demos as mãos. Vamos à luta. Viva o nosso País! Renasça a nossa Cidade!