José Junqueiro acusa Governo de “iniquidade” sobre assessores vindos do privado

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O deputado do PS José Junqueiro acusou hoje o Governo de cometer uma “grande iniquidade” ao pagar subsídio de férias a assessores oriundos do privado, dizendo que não pode haver funcionários de primeira e de segunda.

José Junqueiro comentava aos jornalistas, em Viseu, a manchete de hoje do Diário de Notícias, que titula “Assessores do Governo recrutados no privado recebem subsídio de férias”. Os funcionários públicos viram os subsídios de férias e de Natal cortados em 2012.

“Essa notícia corresponde a um ato de grande iniquidade do senhor primeiro-ministro, do ministro das Finanças e do Governo em geral, porque quando todos os funcionários são chamados para dar o seu contributo para a crise que vivemos não pode haver funcionários de primeira e funcionários de segunda”, afirmou Junqueiro.

O Governo, citado pelo DN, justifica que os subsídios “que poderão ter tido lugar referir-se-ão a férias adquiridas e vencidas em 2011 que nos termos da lei só puderam ser gozadas (e pago o subsídio referente a 2011) em 2012”.

Este assunto já levou o PS a perguntar ao primeiro-ministro, pela segunda vez, “quantos é que são, de onde é que vieram, que vínculo é que têm e quanto é que estão a gastar com eles”, mas segundo José Junqueiro a resposta está a “demorar muito tempo” a chegar.

“Eu suponho que [o Governo] tem grandes dificuldades em fazer isso, porque não há nenhuma boa justificação para esse efeito”, considerou o antigo secretário de Estado.

Para o PS, não há uma justificação aceitável para o facto de os funcionários oriundos do privado e que trabalharam seis meses em 2011 receberem o subsídio de férias.

“Quem trabalha há 40, 30, 20 anos, 10 anos não tem direito a nada. O Governo devia ter vergonha em estar a tentar dar esta explicação, porque sabe que é uma explicação que dá em cima de um parecer que lhe demonstra que tudo o que está a fazer é inconstitucional”, frisou José Junqueiro.

Além de inconstitucional, “é também imoral, porque não pode dizer que aqueles que trabalham há seis meses têm direito e os que trabalham há 40 anos não têm direito nenhum, nem os outros”, acrescentou.

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