Com Shakespeare no Castelo de Montemor-o-Velho

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A trupe – que granjeou grande sucesso com a apresentação do espetáculo de rua “Coimbra 1111”, numa evocação das raízes históricas da cidade – volta à ação, desta feita em Montemor-o-Velho.

Mas o projeto, com estreia agendada para 23 de agosto e que agora leva o mais universal dos dramaturgos ao castelo sobranceiro ao Mondego tem “antecedentes” em Fernão Mendes Pinto, naquela que foi uma primeira parceria entre a atual “equipa” e a autarquia montemorense, também dirigida por Deolindo Pessoa.

Ao DIÁRIO AS BEIRAS, o encenador, que volta a ser responsável pela conceção e direção do projeto, diz que esta é uma “proposta de visita ao castelo de Montemor-o-Velho e também à obra de Shakespeare”. E o facto, destaca Deolindo Pessoa, é que “este castelo tem espaços muito shakespereanos”, pelo que “a conceção de todo o projeto aconteceu precisamente a partir do espaço”.

Mas, destaca ainda o responsável, este “Shakespeare no castelo” parte ainda de outros pressupostos fundamentais: a parceria com a autarquia de Montemor-o-Velho, que teve início na evocação da vida e obra de Fernão Mendes Pinto – um dos mais ilustres montemorenses de sempre –, já com uma forte carga patrimonial. Mas também o envolvimento de vários grupos de teatro amador desta zona do Baixo Mondego – CITEC, O Celeiro, Atrás do Pano, ACDS de Formoselha, C.R.P. Portela –, que, mais que outras no país, tem teatro amador em “quantidade e qualidade”.

 

Cumplicidade é fundamental

A troupe, a tal que agora regressa à cena, é composta por cerca de meia centena de elementos, dos atores à equipa técnica, do responsável pela dramaturgia ao autor da música. É a esta vasta equipa e à “cumplicidade” desenvolvida entre todos e praticamente cada um dos seus elementos que, destaca Deolindo Pessoa, fica a dever-se todo o projeto e, espera-se, o sucesso que irá acontecer.

Em cena, a história conta-se assim: uma trupe de atores cuja origem remonta ao tempo em que esta terra era moura e medieval reúne-se às portas do castelo de Montemor-o-Velho para oferecer aos senhores e aos populares uma mostra das suas capacidades. Pilharam as obras completas de um autor estrangeiro e pretendem com isso ganhar o suficiente para garantir a próxima refeição ou, pelo menos, um pouco de fama…

O espetáculo de teatro de rua tem conceção e direção de Deolindo Pessoa, dramaturgia de Jorge Louraço Figueira, espaço cénico de José Tavares, música original de Luís Pedro Madeira, figurinos e adereços de Cátia Barros e Patrícia Mota, desenho de luz de Francisco Beja e fotografia e vídeo da Associação Diogo Azambuja. A produção executiva é de Cátia Oliveira (O Teatrão), a direção técnica de João Castro Gomes (O Teatrão), montagens e operação do espetáculo de Alexandre Mestre, João Castro Gomes, Jonathan de Azevedo e Rui Capitão, construção de cenário das oficinas de carpintaria da Câmara de Montemor-o-Velho, grafismo de Ana Luísa Ferreira (Câmara de Montemor-o-Velho, relações públicas de João Lobo (Câmara de Montemor-o-Velho), numa coprodução entre a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho e O Teatrão.

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