O futuro, ninguém o sabe, mas Vítor Martinho, agricultor do Baixo Mondego, acredita que os produtores podem ter os dias contados se o governo não mudar de política.
Cedo começou a sentir o cheiro da terra. Vítor Martinho tinha 22 anos quando iniciou a sua atividade profissional, ligada à agricultura. “Recordo-me que o meu pai tinha uma junta de vacas, mas a nossa vida foi sempre puxada para a inovação. Logo que pôde comprou um trator com charrua para mim e outro ao meu irmão”, disse o produtor agrícola.
“Quando cheguei à Ereira, Montemor-o-Velho (onde vive) comprei uma terra e fui cultivando. Andava de manhã e à noite com os tratores nas terras. A produção foi aumentando e há 10 anos tinha no celeiro 400 toneladas de arroz (carolino) com casca”, explicou Vítor Martinho.
O agricultor teve que ir à procura de quem o comprasse. “Decidi ir à indústria para que eles comprassem, mas não quiseram saber. Como tinham muito arroz do estrangeiro, mandaram-me dar às galinhas e às pombas”, referiu.
Versão completa na edição impressa de 16 de novembro do DIÁRIO AS BEIRAS
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