Baixo Mondego vai servir arroz (doce) à Europa

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O arroz do Baixo Mondego parece estar a agradar aos dirigentes europeus. Quem o diz é Carlos Laranjeira, representante do setor na Comunidade que sublinha os bons resultados dos recentes debates sobre a orizicultura.

Se dúvidas houvesse, veja-se a ementa do primeiro jantar-debate agendado para segunda-feira, dia 15 de novembro: arroz espanhol e português. No prato principal, os nossos vizinhos espanhóis vão servir paelha com o seu arroz. Mas é Portugal, em concreto o Baixo Mondego, que lhes vai adoçar a boca. Carlos Laranjeira vai levar para a sobremesa a doçaria conventual de Tentúgal mas com arroz Carolino. Confuso? Nem por isso. O folhado tradicional dos pastéis de Tentúgal vai ser recheado com arroz doce em vez do doce de ovos.

“Com a preciosa colaboração da Associação de Pasteleiros e Confraria, que oferecem todos os doces que vou levar, a Europa vai conhecer e saborear os doces conventuais de Tentúgal na sua origem, como são as queijadas de Tentúgal, mas também com a inovação do arroz doce confecionado com o nosso arroz Carolino”, explica Carlos Laranjeira, reconhecendo que este jantar-debate tem todos os ingredientes para ser “um passo importante na defesa do arroz europeu”. “Assim, o espero”.

Lamentando o facto da Europa estar a cuidar pouco da sua agricultura, o orizicultor do Baixo Mondego reconhece que “os países não se têm importado com aquilo que importam para comer”. Repetindo uma vez mais – “e as vezes que forem precisas para que os orizicultores europeus, e em particular os portugueses, sejam ouvidos” -, Laranjeira garante que “o arroz agulha que invade a Europa não tem a qualidade do arroz europeu”. “Países como a Tailândia que, entre outros, ainda aplica o (químico) MCPA, coloca na Europa 30 por cento daquilo que ela importa”, aponta, desafiando dirigentes e produtores a unirem-se para pensarem em termos económicos e ambientais. “É tempo de pensar que não haverá Economia sem Ambiente e vice-versa. Estas são duas coisas que vale a pena conciliar em nome do futuro, conclui.

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