18 anos: Agricultura

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Carlos Laranjeira

É com mágoa que faço um balanço negativo destes 18 anos de agricultura na região Centro e em todos os setores. Seja, na produção de arroz, milho, hortícolas e batata. Seja na produção do leite. Mas tal sentimento não se deve à falta de capacidade de trabalho dos nossos agricultores. Mas sim, pelos constantes ataques de que foram vítimas, muito em especial, na última década.

Toda a gente gosta de falar dos milhões que a PAC meteu em Portugal. Mas ninguém tem coragem para reconhecer que esse dinheiro não reverteu diretamente para os agricultores que continuaram a investir nas suas atividades, aceitando os desafios da qualidade e procurando responder às exigências ambientais mesmo diminuindo a produção unitária.

Os baixos preços aos consumidores adevêm dos baixos preços pagos à produção ficando a grande fatia na indústria e distribuição. Não se pode pensar que a agricultura resolve todas as coisas e que será a panaceia para todos os problemas com que se debate a região e o país. Mas, sem dúvida, que só um regresso organizado e justamente apoiado pelas entidades competentes, poderá criar condições para que a região Centro e, de forma global, o país, consiga ultrapassar as dificuldades em que se encontra.

Para quem vive de perto as dificuldades dos agricultores desta região que tem tudo para ser altamente produtiva, lamento as questões europeias e climatéricas que contribuiram – e contribuem – para a destruição deste setor. E mais lamento, ainda, um tsunami chamado Jaime Silva cuja inoperância iremos pagar por muitos anos.

Quanto à nova reforma da PAC, é mais um atentado que pode pôr em causa uma boa parte do desenvolvimento da região.

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