Irmã Lúcia é atração turística

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Luís Carregã

Luís Carregã

Uma freira vinda da Polónia, bem como outros turistas europeus, a que se juntaram alguns portugueses, constituíram o grupo de dezena e meia de pessoas que ontem integrou a visita guiada, organizada pelo Município de Coimbra, ao Memorial Irmã Lúcia, localizado no Convento do Carmelo.
A data, 19 de agosto, tem especial significado porque assinala o exato dia da 4.ª aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, há 99 anos, na Cova da Iria. De acordo com a história, naquele mês de agosto a aparição não aconteceu no dia 13 (como terá acontecido em maio, junho, julho, setembro e outubro de 1917), porque os videntes não puderam ir à Cova da Iria (como Nossa Senhora havia pedido), pois haviam sido retidos pelo então administrador do concelho de Ourém, Artur Santos, um republicano anticlerical e maçon, que quis impedir a peregrinação do povo naquele dia.

Visitas semanais na cidade
Paula Simão, guia interprete da Divisão de Cultura e Turismo da Câmara de Coimbra, explicou que todas as semanas se realizam visitas guiadas a locais diferentes da cidade, desde o património da UNESCO, até às fontes históricas, passando pelas “Memórias da indústria de Coimbra”, que foi, aliás, o programa mais participado (com inscrições prévias) das visitas deste verão.
Ontem, no memorial Irmã Lúcia, os turistas puderam apreciar, para além de muitos outros objetos, fotografias e documentos históricos, a recriação do quarto/cela da Irmã Lúcia; os paramentos utilizados pelo Papa João Paulo II quando sofreu a tentativa de atentado em Fátima, em 1982; duas das 60 malas de correspondência trocada entre Lúcia e os devotos; um terço gigante, cujas contas foram feitas com pedaços do muro de Berlim (enviado diretamente da capital da Alemanha), e uma máquina de escrever Olivetti, adaptada com um ecrã de computador, para ajudar a vidente de Fátima a escrever, quando ela começou a perder a visão nos últimos anos de vida.

Memorial da Irmã Lúcia
O Memorial/Museu Irmã Lúcia foi inaugurado há cerca de cinco anos, com o objetivo de dar a conhecer melhor a vida de Lúcia, especialmente enquanto Carmelita, bem como de expor alguns dos seus objetos pessoais.
A fundação de um Carmelo na cidade de Coimbra remonta a 1739, quando onze Carmelitas entram, pela primeira vez, na cidade universitária. Com diversas vicissitudes ao longo de quase três séculos, a Comunidade do Carmelo de Santa Teresa é constituída atualmente por 18 Irmãs que “vivem entregando a sua vida a Deus em benefício da Humanidade”.
Foi esta comunidade de religiosas que conseguiu reunir os cerca de 520 mil euros necessários à edificação do atual memorial. A cela onde a Irmã Lúcia passou 55 anos – até ao falecimento, a 13 de fevereiro de 2005 – é reconstituída no museu, integrando o segundo piso de um edifício projetado por Florindo Belo Marques e construído de raiz nos terrenos anexos à casa religiosa.

Notícia completa na edição impressa de hoje

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