Opinião – Desemprego aumenta e apoios diminuem

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Eugénio Rosa

Eugénio Rosa

De acordo com o INE, em Agosto de 2015 o desemprego em Portugal começou de novo a aumentar, tendo sido destruídos, nesse mês, 41.300 empregos. Segundo dados do INE, entre Julho e Agosto de 2015, o desemprego ajustado da sazonalidade aumentou de 606,6 mil para 623 mil (+16.400 ), e o emprego também ajustado da sazonalidade diminuiu de 4.524,1 mil para 4.482,8 mil (-41.300 ). A diferença entre o aumento do desemprego oficial e a diminuição do emprego é explicada pela emigração e pela reforma de trabalhadores que não foram substituídos.
Tudo isto é o resultado da ilusória e anémica “recuperação da economia” de que tanto fala e se gaba a coligação PSD/CDS e seus defensores nos media para enganar os portugueses.
A gravidade das consequências sociais desta situação ainda se torna mais clara, se se tiver presente que este elevado desemprego, e agora a retoma do aumento do desemprego, tem sido acompanhada por uma política deliberada de diminuição do apoio aos desempregados. O quadro 1, com dados do INE e da Segurança Social, mostra o que se está a verificar nesta área vital para centenas de milhares de portugueses.
O “desemprego oficial” apenas inclui uma parte, mas não a totalidade, dos desempregados. E isto porque os desempregados que não procuraram emprego no período em que foi feito o inquérito pelo INE, apesar de estarem no desemprego, o INE não os considerada desempregados, e não os inclui nos números do desemprego oficial.
Também não são incluídos neste número os desempregados que façam pequenos “biscates” para sobreviver. É por esta razão que os números divulgados pelo INE, (mensalmente e trimestralmente), sobre o desemprego não dão a verdadeira dimensão do desemprego real que existe no nosso país. Procuramos fazer uma primeira correção dos números do desemprego oficial divulgados pelo INE adicionando os “inativos.
Retoma do aumento do desemprego, e continuação da redução do apoio aos desempregados em Portugal disponíveis” calculados também pelo INE, ou seja, os trabalhadores desempregados que, pelo facto de não terem procurado emprego no período em que o INE fez o inquérito, não foram considerados por este como estando na situação de desemprego. O valor que se obtém designamos, por razões que nos parecem evidentes, como “desemprego real”. E conclui-se que o desemprego real é muito superior ao oficial. E entre Jan.2014 e Junho de 2015, o “desemprego real” diminuiu 19,3%, mas o números de desempregados a receber subsídio de desemprego caiu 31,3%.

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