Opinião – Os dados do emprego

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Paulo Almeida

Paulo Almeida

Entre Junho de 2008 e Junho de 2011, último período de acção de um governo socialista, foram destruídos 250,5 mil postos de trabalho. Um período de má memória para os portugueses ao qual alguns, para espanto de outros, querem regressar. Nesse período, a população empregada diminuiu de 4,954 milhões para 4,703 milhões.

Um tal estado catastrófico, à beira do colapso, não mudou de um dia para o outro. Ainda deixou as suas marcas no emprego e desemprego durante 2011 e 2012. Foi o tempo do programa de assistência económica e financeira a que a governação anterior conduziu o país.

A situação do desemprego está hoje, praticamente, ao nível de 2011, quando este governo iniciou funções e encontrou um país a definhar. O nível de desemprego continua, por isso mesmo, preocupante e, nessa medida, é a prioridade das prioridades da acção governativa.

Mas não deixa de ser bastante significativo que hoje se fale e discuta o nível de criação de emprego e se minimize o facto de já se ter alcançado um nível de desemprego semelhante ao de 2011, ano em que, depois de 3 anos de governação socialista, tinham sido perdidos 250,5 mil postos de trabalho.

Nos últimos 27 meses da acção deste governo, a criação líquida de emprego é de 175 mil postos de trabalho, correspondente ao aumento da população empregada. É uma situação incómoda para alguns interesses, mas que interessa aos portugueses, que anseiam que este caminho possa ser prosseguido, desejavelmente com maior intensidade.

A criação do emprego sustentável acontece nas empresas e entidades empregadoras, e em Portugal foi o resultado das reformas concretizadas, da confiança restaurada e da persistência de empresários e dirigentes das instituições da economia social.

Não existem duas “leituras” deste números: entre Janeiro de 2013 e Abril de 2015, a população empregada registou um aumento de 175,8 mil pessoas. Estes são os números correctos, são os dados oficiais e estão publicados pelo INE. Os números que têm sido referidos pelo Governo são, por isso, muito objectivos e correspondem aos da criação líquida de emprego, no período de Janeiro de 2013 a Abril de 2015, correspondente ao crescimento de 175 mil pessoas na população empregada. Segundo as estatísticas publicadas pelo INE, dados ajustados de sazonalidade, em Janeiro de 2013 estavam empregados 4,291 milhões de portugueses.

Em Abril de 2015 estavam empregados 4,467 milhões de portugueses. O mês de Abril de 2015 corresponde aos últimos dados estatísticos publicados pelo INE, com um carácter definitivo e não susceptíveis de serem alterados por revisões posteriores.
O uso de dados não consolidados de meses posteriores ao de Abril de 2015, que ainda podem vir a ser revistos pelo INE, como tem acontecido regularmente, são informação precária e, por isso, pode vir a revelar-se enganosa.

Onde não existe mesmo qualquer erro, sendo informação incontestada, é a relativa ao período de Janeiro de 2013 a Abril de 2015, que corresponde ao início de um caminho de criação de emprego em Portugal, depois de um longo período de recessão económica, e após terem sido restaurados equilíbrios indispensáveis nas contas e finanças públicas e no relacionamento externo.

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