Pedir desculpa… e aconselhar

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Norberto Canha

Quero pedir desculpa porque nos escritos que se seguirão direi alguma coisa que não gostarão de ouvir, mas a verdade impõe-se e sobretudo no estado debilitado em que se encontra o nosso País.

Desculpa porque repetireis ideias porventura já repetidas e por aconselhar os livros da minha autoria que julgo pertinente ler que são: Nova Ordem Mundial; Ensino; Formação; Educação; Investigação; Cidade do Conhecimento; Amar Portugal (apelo ao Senso, à Verdade, e ao reconhecimento, aumenta Esperanças e Certezas) todos eles em todos eles consta – contas aos netos.

Eu era contra eleições antecipadas, mas contra a continuação do desastroso Governo que nos governava. Era a favor de um Governo de convergência com um projecto e responsabilidade comum que se deixasse de demagogia, de propaganda enganosa, de irrealismo e irresponsabilidade e em que se integrassem todos os partidos políticos. Com responsabilidade plena do senhor Presidente da República que deveria presidir a todos os conselhos de ministros. Dirão? Mas a constituição não o consente! Claro que consente, desde que haja boa vontade dos Homens e sobretudo dos políticos, eles, todos eles, responsáveis pela situação a que se chegou. Nós, os cidadãos comuns, também temos alguma responsabilidade! … Mas fizeram-se! E agora embora não possa ser convergência no Governo, haja convergência de vontades para que o sol volte rapidamente a brilhar no nosso País, sem o espectro do retrocesso e aproveitando o que de bom tínhamos e temos. Honremos o passado, honrando o presente e em conjunto traçarmos os caminhos do futuro. Deixem-se do contraditório…! Com ele perderam-se oportunidades.

Perdoem-me ainda se contar histórias e dessas histórias pretendo que sejam conselhos / aconselhar.

– Encontram no Atrium (amplo átrio, acolhedor, vêem-se passar carros e peões, pode-se apanhar sol e ver o verde da erva, das árvores e das plantas) seis estudantes, já amigos, provenientes de diversas partes do País.

Lembrou-se um – Qual é a profissão do teu pai? – É contabilista – Sim? – Sim! Exactamente igual ao comportamento da troika; só as contas interessam, e as máquinas, nem uma solução para sair da crise.

– E o teu? – O meu é advogado? – Sério? – Como os outros! – Estamos sempre cheios de razão, mas na véspera ou na entrada para o tribunal apressam-se a dizer: – mas nunca sabemos o que o juiz decide?!

E terão razão, digo que mais de 40% das penas atribuídas na 1ª estância são alteradas na 2ª estância. O tempo a passar e os gastos a crescer.

Apressa-se outro a dizer: – O meu é político! – É fixe? – Conforme as conveniências! A disciplina partidária e os futuros projetos assim os obrigam!… O meu é empresário! – Ganha muito? – Só o que não pode! Pois o meu é trabalhador! – Trabalha muito? – O menos que pode! Esta dualidade de comportamentos é que levou á situação em que nos encontramos. Já agora eu. O meu pai é capitalista! Ou melhor, é banqueiro. – E então? – Não tem pátria!…

Há três formas de capitalismo: – O capitalismo dos capitalistas, o capitalismo ideológico (vulgo consumismo) e o capitalismo dos poetas, intelectuais, sonhadores, para não dizer patetas. Só distribuem direitos sem obrigarem no cumprimento dos Deveres. Eu nunca evoquei um Direito porque, creio, cumpri sempre escrupulosamente os meus deveres!

Atentam ao que se segue:

– Gandhi apelou para um boicote aos têxteis feitos pelas máquinas em Manchester com o seguinte argumento. Se os importarmos que vamos fazer aos milhões de indianos que ficarão sem trabalho. Façamos o mesmo, dê-se prioridade ao cá produzido! Consumam-se produtos nacionais. São de melhor qualidade. Os dois primeiros capitalismos uniram-se e em 2006, 60% das exportações da China foram produzidos em fábricas americanas sediadas na China. E não tiveram, nem têm pena dos seus desempregados.

– Quando foi o massacre de Santa Cruz em Timor – o secretário de estado dos E.U.A., encontrava-se em Djacarta e interrogado por um jornalista a sua resposta foi “Timor não faz parte dos interesses dos estados Unidos…”

– E quando uma Comissão de Afegãos foi aos Estados Unidos pedir ajuda para a reconstrução do País, finda a intervenção soviética no Afeganistão. Foram-se com esta pergunta – Têm petróleo? Não! Então o Afeganistão não nos interessa!

– E um sábio pescador de Madagáscar (que se assemelha a um pescador de Novo Redondo que vai ao mar no seu barco de bimbas (mais leve que a cortiça) infundável, que é feito com troncos ligados com liama (casca de árvore) chega á praia, numa piroga (cavada em tronco de árvore) retira como o outro eu vi retirar – corvinas, garoupas, sargos. Dois americanos com os olhos esbugalhados perguntam-lhe: tu não queres ganhar mais dinheiro? – Para quê? Fazemos uma sociedade, compramos umas traineiras e câmaras frigoríficas para pescar e armazenar o peixe e ganhamos muito dinheiro. – Para quê? – Comprar um carro, fazer uma vivenda! – E depois de ter tudo isso que é que eu faço? – vais pescar! – Mas é isso que já faço!

Moral da história: Tudo com conta peso e medida. Haja equidade!

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