O economista e diretor do Gabinete de Planeamento Estratégico e Relações Internacionais do Ministério das Obras Públicas, José Carlos Henriques, foi ontem nomeado coordenador do grupo de trabalho que tem como missão “apresentar uma proposta de atuação para o quadro de implementação e gestão de um sistema de transportes supra concelhio nos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã”.
O despacho, assinado pelo secretário de Estado dos Transportes Correia da Fonseca, prevê que o grupo de trabalho – constituído por oito pessoas – apresente um relatório no prazo de 90 dias. O primeiro encontro está agendado para o próximo dia 15 de Fevereiro.
Para além de José Carlos Henriques, em representação da Secretaria de Estado dos Transportes, o Governo nomeou Valter Duarte para a comissão. Os restantes elementos são: Carlos Correia (Instituto de Mobilidade e Transporte Terrestre), Luís Mata (Refer), Carlos Picado (Metro Mondego), Rui Figueiredo (Câmara de Coimbra), Carlos Ferreira (Câmara de Miranda do Corvo) e Manuel Parola (Câmara da Lousã).
O relatório deverá contemplar, ainda, uma caraterização da mobilidade, oferta de transportes e proposta de organização do sistema de transportes tendo “em conta os projetos legislativos do Governo relativos à transferência e gestão conjunta e supra municipal de competências entre a administração central e local”. “As soluções a encontrar podem abranger, não só as cãmaras de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, como os restantes municípios do Baixo Mondego e Pinhal Interior Norte e as empresas do setor empresarial local e do Estado e privadas ligadas aos transportes”, refere.
O presidente da câmara de Coimbra, João Paulo Barbosa de Melo, referiu que a decisão de nomear apenas uma comissão “não é muito ortodoxa”, indo “esperar para ver o resultado do primeiro encontro”. Já Fernando Carvalho, da câmara da Lousã, escusou-se a comentar a decisão. Quanto a Fátima Ramos, autarca de Miranda do Corvo, o despacho causa estranheza, porque da reunião saiu a garantia de que a comissão teria como missão principal “tirar as gorduras” do projeto do Metro e, só depois, a Autoridade Metropolitana de Transportes. “Espero que a primeira reunião corrija esta confusão”, disse.
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