O Tribunal da Covilhã vai voltar a inspecionar o cenário da morte de um homem atado às grades de um café durante a repetição do julgamento de dois arguidos no caso.

A morte ocorrida há três anos na Borralheira foi julgada em 2009 e seis jovens foram então condenados com penas suspensas.

Dois deles, Eduardo Pinto e Nídia Afonso, recorreram para o Tribunal da Relação de Coimbra, que ordenou a repetição do julgamento de ambos, que teve início hoje (27).

No acórdão de julho do último ano foi dado como provado que estavam num carro parado junto ao café em que João Inácio morreu em Outubro de 2007, na Borralheira, depois de consumir bebidas alcoólicas e passar a noite com os outros quatro jovens.

Mas Eduardo e Nídia contestam a condenação a oito e seis meses, respetivamente, pelo crime de omissão de auxílio.

Hoje, ambos prescindiram de nova reconstituição dos factos, que a família da vítima (assistente no processo) requereu, mas que o coletivo de juízes duvidou poder ser realizada.

O coletivo aceitou antes o pedido do Ministério Público para uma inspeção ao local com testemunhas e os dois arguidos, que ficou marcada para dia 24 de novembro, às 09H00

Rocha Pereira pediu ainda que os co-arguidos fossem ouvidos na repetição do julgamento como testemunhas e que se juntassem aos autos conversas pela Internet de Nídia com a sobrinha da vítima, testemunha no processo.

O coletivo negou ambos os requerimentos com base no Código de Processo Penal.