Ainda decorria a “silly season” e já se falava com natural expectativa da reentrée dos partidos políticos. Não se sabe bem porquê mas este ano anunciavam-se reentrée(s) de vária ordem.
Faça-se justiça ao PCP que invariavelmente neste início de Setembro nos brinda com uma festa fantástica e que já vai para além das fronteiras do partido.
O Bloco de Esquerda, ainda “novato” nestas coisas de reentrée, lá cumpriu o seu papel.
Do CDS, cada vez mais “profissional” era o que se esperava, pese embora esta do referendo sobre segurança …, não creio que venha a ser a “grande tirada” do verão.
E eis que chegamos aos “dinossauros” destas andanças. O PSD e o PS numa autêntica marcação discursiva, já fizeram a 1.ª volta da reentré e estão agora na 2.ª volta.
Do que ficou da 1.ª, foi algo de muito pouco.
O PS resolveu numa autêntica “chicane” criar o facto político de o PSD, querer “trocar” ou negociar o acordo para a viabilização do próximo orçamento de Estado com a revisão da Constituição.
Lá teve que andar o PSD a demonstrar que tamanha atoarda não fazia sentido.
Na verdade não faria sentido e o PS deu um tiro de pólvora seca, porque não convenceu ninguém com tal “negócio político”.
Quis, isso sim, desviar as atenções (conhece-se há muito esta táctica) dos reais problemas económicos e sociais que o país vive. E neste capítulo é confrangedor assistirmos sistematicamente àquele autentico mártir que não merece isso – O sr. secretário de Estado do Emprego – que periodicamente tenta desmentir o que infelizmente é indesmentível.
A crise no emprego é real e não é com regozijo de décimas para baixo ou a desculpa de décimas para cima, que resolvemos o assunto.
Haja a coragem de enfrentar a questão como vital para o equilíbrio da nossa sociedade.
Este é um enorme desafio para o próximo orçamento como o PSD, de resto tem afirmado e muito bem.
Esperemos todos pelo bom senso.