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Transportes Urbanos de Coimbra contraem empréstimo para comprar autocarros

30 de abril às 08h03
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A Câmara de Coimbra aprovou ontem uma proposta para os Transportes Urbanos avançarem com um empréstimo no valor de 4,96 milhões de euros para renovar a frota.

O executivo aprovou ontem por unanimidade uma proposta de um empréstimo de 4,96 milhões de euros e um prazo de amortização de 15 anos, para os Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) comprarem autocarros novos para a sua frota.

O valor identificado diz respeito à comparticipação prevista na candidatura que os SMTUC fizeram no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a compra de 30 autocarros elétricos novos.

Essa candidatura prevê um investimento global de 13 milhões de euros para a compra de 14 autocarros elétricos ‘standard’ (com cerca de 12 metros de comprimento) e 16 ‘midi’ (com cerca de nove metros de comprimento).

Dos 13 milhões de euros, estava previsto a Câmara assegurar cerca de 4,96 milhões de euros do investimento.

Na reunião do executivo, foi também discutida uma alteração a um empréstimo de 10,5 milhões de euros para vários investimentos previstos pelo município, que ainda não obteve visto do Tribunal de Contas, um ano depois de o processo ter arrancado.

O executivo também aprovou por unanimidade a alteração ao contrato pedida pelo Tribunal de Contas, mas houve espaço para críticas pela forma como a Câmara de Coimbra tem liderado este processo.

O vereador do PS José Dias recordou toda a “polémica” associada ao processo, que teve de ir por duas vezes a Assembleia Municipal, em 2023, para poder passar.

“Faz um ano que o processo se iniciou e o PS lamenta as consequências de não nos terem ouvido na altura devida”, referiu.

Na resposta, o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, relativizou a demora na conclusão do processo, considerando-o “complexo”, esperando que a alteração hoje aprovada resolva “de vez a questão do empréstimo”.

A Câmara de Coimbra aprovou também a doação de cerca de 40 mil documentos do físico e professor catedrático da Universidade de Coimbra Carlos Fiolhais à autarquia, que terão como destino a criação de uma biblioteca com o nome do também ensaísta, num espaço da Águas de Coimbra.

A Biblioteca Carlos Fiolhais terá cerca de 20 mil euros por ano para programação, num espaço cujo projeto cultural, que vai privilegiar o cruzamento entre arte, ciência e tecnologia, vai contar com a colaboração do físico.

Na mesma reunião, foi também aprovada a criação do Centro de Informação e Investigação de Arquitetura de Coimbra, através de um contrato interadministrativo entre a Câmara Municipal e a Universidade.

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