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Subvenções do PRR vão ser utilizadas não ficando um euro por investir – Governo

03 de novembro às 13 h52
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O ministro da Economia e da Coesão Territorial garantiu hoje que todas as subvenções do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vão ser utilizadas, não ficando “um euro por investir”, e que as obras previstas vão ser realizadas.

“Não fica nenhum dinheiro por usar. Como o Governo sempre disse e vai acontecer, todas as subvenções do PRR vão ser utilizadas, todas, não ficará um euro por investir, isso é claro”, garantiu Manuel Castro Almeida.

O ministro falava aos jornalistas à margem da inauguração do banco de testes de fibras óticas multi-núcleo do ISCTE, instalado na Linha Amarela do Metropolitano de Lisboa.

Manuel Castro Almeida reagia assim às críticas do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, que instou o governo a explicar a lista de alterações da terceira e última reprogramação do PRR português, segundo as quais obras como a linha vermelha do metro de Lisboa e uma das oito estações da linha rubi do metro do Porto, bem como o novo Hospital de Lisboa, perdem financiamento.

“Há uma parte do PRR que são empréstimos e há uma parte desses empréstimos em que nós não vamos utilizar empréstimos do PRR, vamos buscar a outros sítios que têm juros mais baratos, mas nenhuma obra que estava prevista no PRR ficará por fazer”, frisou o responsável.

De acordo com Castro Almeida, o caso da linha do metro sai do PRR “porque não havia tempo de fazer dentro dos prazos”, bem como o Hospital Todos os Santos deixa de ser financiado com empréstimo do PRR “porque não havia tempo de executar dentro do prazo”.

“Mas o Hospital Todos os Santos vai continuar, a linha vermelha do metro vai continuar, portanto, as obras vão-se fazer, todo o dinheiro que era dado pela União Europeia vai ser utilizado, apenas uma componente de empréstimos, quem vai emprestar não é a Comissão Europeia, mas vão ser os mercados internacionais a uma taxa de juros equivalente, sem nenhum prejuízo para o Estado”, sublinhou.

Castro Almeida acrescentou ainda que mau era se o Governo não fizesse a revisão do PRR pois “íamos chegar ao final e víamos que havia uma quantidade de obras que não iam ficar concluídas e não íamos receber dinheiro”.

“Nós retirámos de lá aquilo que manifestamente não podia ser concluído dentro do prazo, o caso da linha do metro, pois ela ainda nem começou como é que podia ficar concluída dentro do prazo. Era ir com a cabeça contra a parede se não tirássemos a tempo e horas essa dotação da parte do PRR”, frisou.

Segundo o responsável, o que o governo fez foi um levantamento dos projetos que não iam ficar prontos a tempo, retiraram o financiamento do PRR de alguns que estavam nessas condições e aumentaram noutros.

“O dinheiro que não se gasta num sítio, investe-se num outro. Num caso nós diminuímos a ambição, noutros casos aumentámos a ambição”, salientou.

Autoria de:

Agência Lusa

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